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Estado lança Câmara para agir em 'espaço inimigo'
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
31/03/2011 | 07:12
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 O governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), deu pontapé ontem na estratégia de ofensiva tucana no intuito de tentar reverter histórico de derrotas para petistas na área mais populosa do Estado, conhecida como Macrometrópole Paulista. Por meio de decreto, o tucano lançou a Câmara de Desenvolvimento Metropolitano, que ficará responsável por estabelecer políticas públicas de gestão para focar em regiões com alta densidade urbana.

 

Com a criação, Alckmin foi alçado à presidência da câmara, novo braço da recém-criada Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano, tendo a função de planejar ações cirúrgicas de governo e coordenar execução. O colegiado se compõe por dez secretários estaduais com o objetivo de integrar organização e dar velocidade na solução de problemas intermunicipais em comum.

As regiões metropolitanas delineadas - São Paulo, onde está inserido o Grande ABC, com 39 cidades, Campinas contendo 19 municípios e Baixada Santista com outros nove - para a ofensiva são consideradas capitais ao processo eleitoral, pois concentram 72% da população em apenas 8.000 quilômetros quadrados.

Em discurso politicamente correto, Alckmin disse que são poucas intervenções que não envolvem mais de uma cidade, o que fortalece a operação integrada. "Para evitar enchente no Mercado Municipal no Rio Tamanduteí faremos piscinão em Mauá. A câmara vai estimular o conselho da Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano) de nível ministerial, que escolherá prioridades para trabalhar em conjunto com os prefeitos."

Segundo o secretário de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido (PSDB), a sua Pasta será a base para formulação do PPA (Plano Plurianual) e Orçamento do Estado para 2012, à Pasta de Planejamento e Desenvolvimento Regional. "Vão ser esses dados que vão definir os investimentos de São Paulo para os próximos quatro anos."

Aparecido discorda do teor político da iniciativa com o papel de conquistar espaço em municípios inimigos em que o PSDB é fraco, porém revela que o partido precisa melhorar inserção . "A Região Metropolitana sem dúvida é importante politicamente, onde fizemos Metrô e Rodoanel, porém o Estado pecou por não fincar essas marcas. A questão eleitoral cabe ao PSDB organizar, apesar de achar que precisamos nos planejar nessas regiões."

De acordo com Aparecido, entre as prioridades levantadas por Alckmin está a criação do Bilhete Único Metropolitano para integrar a Macrometrópole. "A ideia é que no início do segundo semestre façamos integração do sistema estadual, o primeiro passo será integrar ônibus metropolitanos com Metrô e CPTM. No segundo momento faremos integração com municípios. A negociação vai ser rápida."

 

Prefeitos do Grande ABC apostam em integração

Mesmo sob olhares desconfiados de alguns prefeitos, os mandatários do Grande ABC apostam que a iniciativa deve emplacar devido à possibilidade de gestão compartilhada entre os municípios, algo que vem sendo disseminado há anos pelo Consórcio Intermunicipal.

Para o prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), a demonstração de boa vontade do governo começou com a criação da Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano. "Na campanha ele (Alckmin) afirmou que faria a Pasta e agora deixou à nossa disposição. Estamos recebendo visita de secretários. Não acredito em problemas. Prova disso é que teremos investimento na Habitação na ordem de quase R$ 300 milhões, com mais de 4.000 unidades da CDHU."

De acordo com o chefe do Executivo de Mauá, Oswaldo Dias (PT), o caminho que está sendo traçado, a princípio, está correto. "A Região Metropolitana é conturbada, populosa, problemas de aglomeração e políticas de serviços que ultrapassam limites do município. Nós estamos apostando que é positivo e tenha resultado."

Contudo, o petista faz uma ressalva referente à gestão da aplicação do aporte injetado nos municípios. "Levantaremos a bandeira das cidades mais pobres, abaixo de R$ 1.000 per capita orçamentária, entre elas Mauá, Carapicuíba e Ferraz de Vasconcelos. Reivindico que essa região administrativa depauperada tenha maior atenção. Essas cidades têm dinheiro curto para resolver as obrigações."

Segundo o mandatário do Paço de Diadema, Mário Reali (PT), a ação tem peso importante pela gestão, porém é desafio, pois desde os anos 1970 a Região Metropolitana foi criada por lei federal. "Há contradição. Em São Paulo, a criação tramita há seis anos na Assembleia. Ainda tem experiências incipientes para o problema de gestão. Não tenho preconceito, mas precisa ter vontade política e recursos."

O governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), deu pontapé ontem na estratégia de ofensiva tucana no intuito de tentar reverter histórico de derrotas para petistas na área mais populosa do Estado, conhecida como Macrometrópole Paulista. Por meio de decreto, o tucano lançou a Câmara de Desenvolvimento Metropolitano, que ficará responsável por estabelecer políticas públicas de gestão para focar em regiões com alta densidade urbana.

Com a criação, Alckmin foi alçado à presidência da câmara, novo braço da recém-criada Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano, tendo a função de planejar ações cirúrgicas de governo e coordenar execução. O colegiado se compõe por dez secretários estaduais com o objetivo de integrar organização e dar velocidade na solução de problemas intermunicipais em comum.

As regiões metropolitanas delineadas - São Paulo, onde está inserido o Grande ABC, com 39 cidades, Campinas contendo 19 municípios e Baixada Santista com outros nove - para a ofensiva são consideradas capitais ao processo eleitoral, pois concentram 72% da população em apenas 8.000 quilômetros quadrados.

Em discurso politicamente correto, Alckmin disse que são poucas intervenções que não envolvem mais de uma cidade, o que fortalece a operação integrada. "Para evitar enchente no Mercado Municipal no Rio Tamanduteí faremos piscinão em Mauá. A câmara vai estimular o conselho da Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano) de nível ministerial, que escolherá prioridades para trabalhar em conjunto com os prefeitos."

Segundo o secretário de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido (PSDB), a sua Pasta será a base para formulação do PPA (Plano Plurianual) e Orçamento do Estado para 2012, à Pasta de Planejamento e Desenvolvimento Regional. "Vão ser esses dados que vão definir os investimentos de São Paulo para os próximos quatro anos."

Aparecido discorda do teor político da iniciativa com o papel de conquistar espaço em municípios inimigos em que o PSDB é fraco, porém revela que o partido precisa melhorar inserção . "A Região Metropolitana sem dúvida é importante politicamente, onde fizemos Metrô e Rodoanel, porém o Estado pecou por não fincar essas marcas. A questão eleitoral cabe ao PSDB organizar, apesar de achar que precisamos nos planejar nessas regiões."

De acordo com Aparecido, entre as prioridades levantadas por Alckmin está a criação do Bilhete Único Metropolitano para integrar a Macrometrópole. "A ideia é que no início do segundo semestre façamos integração do sistema estadual, o primeiro passo será integrar ônibus metropolitanos com Metrô e CPTM. No segundo momento faremos integração com municípios. A negociação vai ser rápida."




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