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Aliados de Alckmin no ABC tentam indicar nomes para cargos
Roney Domingos
Do Diário do Grande ABC
21/01/2003 | 22:22
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Deputados da Bancada do ABC integrantes de partidos aliados ao governo estadual se prepararam para retomar os trabalhos dia 3 de fevereiro de olho nas discussões que o governo Geraldo Alckmin (PSDB) inicia para manter a liderança na Assembléia Legislativa. O tempo é também de discussão dos cargos do segundo escalão e todos acham que ainda é possível colocar nomes da região no governo. “Tem uma lacuna que precisa ser preenchida. O governo não dá aquilo que a região merece”, disse o deputado eleito Gilberto Giba Marson (PV-São Bernardo).   

Os deputados da base aliada não podem mais participar do governo, mas querem indicar diretores para órgãos, empresas e autarquias estaduais como Sabesp, CDHU e CPTM. No entanto, mesmo que os nove deputados da futura Bancada do ABC pertencessem a um mesmo partido haveria dificuldade para estabelecer contato com o governador. Até agora apenas o PFL do vice-governador Cláudio Lembo e o PDT foram contemplados com o secretariado. O deputado eleito Orlando Morando (PSB) reclama que seu partido sequer foi convidado para conversar. “O governo ainda não definiu se vai querer ter o PSB na bancada de sustentação”, afirmou.   

“Não é bem assim”, diz o deputado Newton Brandão (PTB-Santo André). Ele concorda com a possibilidade de negociação sobre os cargos no segundo escalão a partir desta semana, mas disse que seu partido, beneficiado com a Secretaria de Relações do Trabalho, não está pensando em novos cargos. “Não temos esta preocupação”, afirmou.   

No PPS, as negociações andam em ritmo mais lento porque há mágoas com o recuo do governo nas indicações para secretarias. Também integrante do leque de partidos que apoiou Alckmin na campanha para a reeleição sem colocar ninguém no governo (o secretário de Esportes, Lars Grael, foi escolhido por Alckmin), o PV do deputado eleito, ainda não decidiu de que lado vai ficar. “Aguardamos uma reunião com a executiva e com os deputados para conversar com o governo. O PV vai manter uma posição de autonomia.”   

O PDT do deputado eleito José Dilson (Santo André) também aguarda a vez para falar com o governador e espera que isso aconteça ainda na primeira quinzena de fevereiro. Conhecido como o “médico do Ratinho”, o deputado estreante copiou o estilo agressivo do programa e foi direto ao ponto: mandou uma lista com cinco indicações políticas da região ao líder do PDT na Assembléia, Geraldo Vinholi, encarregado de apresentar os nomes ao chefe da Casa Civil, Arnaldo Madeira. “São pessoas que podem dar representatividade para a região em órgãos como a CDHU. Procurei indicar, porque não se sabe onde serão alocados. Aguardamos uma resposta para o dia 30”, disse Dilson.




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