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Por que comemoramos o Dia da Consciência Negra?
Luis Felipe Soares
Diário do Grande ABC
20/11/2016 | 07:00
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A ideia de o Brasil celebrar o Dia da Consciência Negra, que ocorre sempre em 20 de novembro, surgiu para lembrar a todos sobre a importância da cultura afro-brasileira na sociedade. Ao longo da história, integrantes dessa comunidade passaram por série de dificuldades e maus-tratos até serem aceitos com dignidade entre todas as pessoas, mesmo que problemas em relação a racismo ainda existam nos dias de hoje.

Em sua história (principalmente entre os séculos 16 e 19), o Brasil recebeu milhares de africanos escravizados que eram responsáveis por série de trabalhos desumanos e sem qualquer tipo de pagamento. Pessoas comuns e representantes da realeza do continente foram trazidos até o País para se transformarem em serviçais.

O mais famoso escravo foi Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares – quilombos eram os refúgios para onde as pessoas fugiam atrás de liberdade. Em 20 de novembro de 1695, o bandeirante Domingos Jorge Velho comandou ataque que acabou com essa comunidade e marcou a morte de Zumbi, hoje considerado símbolo de luta contra a escravidão.

Para reforçar as ideias por trás do feriado, a data e seu mês sempre são recheados de atividades temáticas especiais. O objetivo é causar reflexão à população, discutindo como andam as relações dos negros com o restante da sociedade e como isso pode melhorar.

O Dia da Consciência Negra é tido como feriado nacional desde 2003, mas nem todos os Estados e cidades o consideram em seu calendário oficial, ficando a cargo de cada município sua inclusão. No Grande ABC, as sete cidades celebram a data.

Pergunta de Maria Eduarda Espigares Sanches, 9 anos, de Santo André, acredita que o feriado é um símbolo contra a escravidão e que não deve ser deixado de lado. “Acho que é um dia muito importante, pois marca a luta dos escravos pela liberdade”, diz a menina.

Consultoria de José Antonio Archeto Filho, professor de História do Colégio Xingu, de Santo André.  




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