Com a votação favorável no Tribunal Superior Eleitoral, o PSD inicia sua trajetória eleitoral no Grande ABC ao lado dos grupos governistas e como potencial aliado do PT na eleição de 2012. Especialmente devido à ligação política entre o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, presidente nacional da legenda, e o chefe do Executivo de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), que assumiu incumbência de auxiliar na estruturação local da nova sigla.
Diante das declarações de Kassab de que o PSD não fará oposição pela oposição e que a linha partidária é de centro, a tendência é que o apoio seja baseado no poder, sem se preocupar com postura ideológica para executar a aliança, o que não o difere das demais legendas existentes, principalmente do PMDB.
Em todas as cidades da região, o partido deve permanecer na sustentação até o fim do mandato, seguindo à risca a cartilha do cardeal do PSD. Quatro diretórios vão tonificar a união com a situação em 2012. Mauá ainda é incerto. Só em dois municípios o caminho segue para raias opostas: Santo André e Ribeirão Pires.
No município comandado por Aidan Ravin (PTB), o ex-presidente da Associação Comercial e Industrial de Santo André Wilson Ambrósio é dado como certo para comandar a sigla, sendo cotado, inclusive, para firmar dobrada com o PT, que terá o deputado estadual Carlos Grana como candidato. "Estamos em fase final de negociação.A possibilidade existe. Muitas pessoas estão incentivando. Vai nascer com força", disse Ambrósio.
Capitaneadas por petistas, São Bernardo e Diadema têm o PSD no arco de coalização de Marinho e Mário Reali, respectivamente. O parlamentar democrata Fábio Landi, de São Bernardo, foi o escolhido para coordenar as ações do partido e continuar engrossando o grupo de adesão governista. Reali, por sua vez, conseguiu dar reviravolta na comissão que seria integrada por Sidnei Moschen, aliado de Lauro Michels (PV), e emplacar Cacá Viana, ex-funcionário do Paço vizinho, no governo Willian Dib (PSDB).
Outro campo comandado por petista, Mauá está com articulações em voga. O vereador Manoel Lopes (DEM), que iria para o partido, recuou e já não garante a migração, porém está fazendo movimentação para que a legenda faça oposição a Oswaldo Dias (PT).
O parlamentar de São Caetano Joel Fontes (PMDB), aliado do prefeito José Auricchio Júnior (PTB), será o presidente do partido na cidade. Ele vai aderir à nova sigla hoje junto com outros peemedebistas, entre eles o ex-vereador Adauto Campanella. "O PMDB ficou sem identidade. Vejo a articulação no PSD com grande expectativa", analisou Campanella.
Em Ribeirão, o PSD acabou ficando com um dos principais adversários políticos do prefeito Clóvis Volpi (PV): o vereador Koiti Takaki. O alinhamento para o ano que vem será com Saulo Benevides (PMDB), pré-candidato ao Paço. "Nossa preocupação é que nosso grupo ganhe a eleição." Especula-se que a sigla possa integrar a chapa com o presidente da Câmara, Gerson Constantino, ex-PV.
Em Rio Grande da Serra, Valdir Marques pode deixar para liderar o PSD, mas contiaria na base de sustentação do prefeito tucano Adler Kiko Teixeira. As manifestações começaram após Valdir perceber que não ocuparia a vaga de vice na chapa governista que será encabeçada por Gabriel Maranhão (PSDB).
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