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PSB corre para evitar
debandada em S.Bernardo
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
24/07/2011 | 07:12
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O PSB de São Bernardo corre contra o tempo para evitar debandada geral, principalmente por parte dos cinco vereadores eleitos em 2008. Numa outra ponta do processo, se tudo der certo na estratégia socialista, existe a possibilidade de lançar candidatura ao Paço no ano que vem.

No início dos trabalhos legislativos deste ano, os parlamentares da legenda se mostraram preocupados com as chances de reeleição em 2012. Isso porque os suplentes e outros candidatos com potencial de votos mediano indicavam sair da sigla, o que dificultaria o acúmulo de votos para alcançar o quociente eleitoral e, por consequência, garantir vaga na Câmara aos mais bem votados.

A degradação socialista teve início com a saída do ex-prefeito William Dib, maior força da agremiação até então, que ingressou no PSDB em setembro de 2009. A situação ficou tão preocupante que alguns vereadores cogitaram sair do PSB. Inclusive comunicaram o problema - juntamente com a real possibilidade de migração de partido - ao presidente do diretório estadual, Mário França (secretário de Turismo de São Paulo).

Porém, só foram confirmadas as saídas de Lenildo Magdalena (que obteve 2.843 votos há três anos) e Jorge Hebara (2.196 sufrágios). Pastor Zezinho Soares, que conquistou 3.709 adesões no último pleito, está de malas prontas para outra agremiação.

"Vamos repor essas perdas e montar novamente uma chapa forte para 2012. Vamos manter nossa representatividade no Legislativo", garante, confiante, o presidente municipal do PSB, Luiz Carlos Heregia. "Inclusive eu posso lançar candidatura a vereador."

O primeiro passo para a manutenção da musculatura tem de ser dado até dia 28, quando expira o prazo para recadastramento dos cerca de 1.500 filiados. O diretório são-bernardense terá de confirmar a ficha de ao menos 300 militantes, ao custo de R$ 54 cada, para conservar a executiva municipal e a autonomia para tomar decisões sobre a eleição 2012. Se o número não for alcançado, a direção estadual fará intervenção e nomeará o comando provisório.

A outra etapa que afetará o futuro dos socialistas será dia 25 de setembro, data em que será realizado o congresso municipal do PSB. Na ocasião, os filiados definirão por consenso ou voto qual rumo o partido deve tomar no ano que vem: lançar candidato ao Paço ou se coligar com as chapas que estão se desenhando, dentre elas a do PT, PSDB, PPS e PMDB.

Esse também será o momento de os vereadores observarem qual a real situação da legenda. Na prática, se haverá ou não condições de reeleição.

Caso a avaliação seja negativa, terão poucos dias para mudar de sigla, se assim decidirem. Os cinco integrantes da Câmara tentaram antecipar a data do congresso municipal junto às executivas estadual e nacional, mas não obtiveram sucesso. O objetivo era saber antes realidade partidária e ter mais tempo para decidir o que fazer.

O pensamento incisivo do início do ano tem dado lugar a certa confiança de que a agremiação será restabelecida. "No fim, vai dar tudo certo", salienta o parlamentar Ary de Oliveira (PSB), incumbido de contatar os filiados para fazer o recadastramento.




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