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Ataque suicida mata 17
no sul do Afeganistão
Da AFP
07/01/2011 | 08:42
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Um ataque suicida talibã nesta sexta-feira matou um membro da polícia e outras 16 pessoas numa casa de banho pública no sul do Afeganistão, na fronteira com o Paquistão.

A milícia talibã assumiu a autoria do ataque numa região onde, no entanto, os alvos civis em locais públicos são relativamente raros na região.

"Um terrorista suicida detonou os explosivos atados a seu corpo em um banho público de Spin Boldak", indicou vez o general Abdul Razaq, que comanda um posto de fronteira.

O governo local confirmou que pelo menos 17 pessoas morreram no ataque e que 23 ficaram feridas. Segundo um comunicado oficial, o alvo do ataque era um comandante de nome Ramazan, que morreu no ataque.

Raziq identificou a vítima como o chefe da unidade da polícia de reação rápida da fronteira. Além de Ramazan, outros dois feridos eram policias.

O porta-voz dos talibãs, Yusuf Ahmadi informou que a milícia resolveu matar o comandante policial porque, quando ele usava os banhos públicos, mandava todo mundo sair.

"Apenas os homens dele estavam com ele na hora", enfatizou, negando que civis tenham morrido no ataque.

"Hoje é sexta-feira (dia de descanso semanal dos muçulmanos). Não havia nenhum civil dentro dos banhos", afirmou o porta-voz.

Os talibãs lutam para derrubar o governo afegão e expulsar os 140 mil militares estrangeiros posicionados no país.

Na véspera, os Estados Unidos decidiram enviar mais 1.400 fuzileiros navais ao sul do Afeganistão para ajudar na ofensiva contra os talibãs e "consolidar o progresso já conquistado", antes da redução programada das forças americanas.

O secretário de Defesa, Robert Gates, aprovou um reforço de fuzileiros navais para o sul do Afeganistão para aproveitar e consolidar os avanços alcançados e pressionar o inimigo durante o inverno, segundo explicou o coronel David Lapan, porta-voz do Pentágono.

Segundo o jornal The Wall Street, que cita dirigentes americanos, a chegada das tropas pode acontecer a partir de meados de janeiro, antes da primavera no Hemisfério Norte, época durante a qual aumentam os combates, e serão enviadas ao sul, perto de Kandahar.

Além desse reforço, o exército americano estuda a possibilidade de incrementar as forças no front e o total de efetivos poderá ser de até 3 mil homens, se os planos forem aprovados, ainda de acordo com o jornal.

Mais de 140 mil militares estrangeiros estão posicionados no Afeganistão, como parte da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) da Otan e da coligação sob comando americano da operação "Enduring Freedom" ("Liberdade Duradoura"), que derrubou o regime dos talibãs no fim de 2001.

Além dos Estados Unidos, 48 países participam da Isaf, posicionada desde o verão de 2003 no local, sendo que os 28 países membros da Otan totalizam 45 mil soldados.

A Isaf e a "Enduring Freedom" agem sob um comando único, o do general americano David Petraeus que sucedeu ao general Stanley McChrystal em junho passado.




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