Para Thiago Dutra, professor de Matemática do Anglo Vestibulares, as perguntas de Matemática deste ano estão mais próximas da realidade dos candidatos. "As questões trataram de cisternas, dengue e má utilização dos recursos hídricos."
Sheila Felix, de 32 anos, gostou da relação dos itens com o cotidiano. "Quando a questão traz algum contexto, fica mais fácil resolver", disse a estudante, que pretende cursar Direito. Para a candidata, a prova de Matemática foi "difícil".
Ainda segundo Dutra, do Anglo, o exame demandou muita interpretação. "O aluno não precisou chegar na prova com fórmulas decoradas, bastava saber interpretar o enunciado da questão e conhecer conceitos básicos de geometria espacial e trigonometria."
Para Carlos Seno, professor de Matemática do Curso Objetivo, a prova foi trabalhosa. "Foi complicado resolver no tempo que o aluno tinha." A maioria das questões, disse Seno, cobrava cálculos mais trabalhosos.
Professor de Matemática do Curso Etapa, Alexandre Leomil chamou a atenção para a ênfase dada em questões de geometria espacial e plana em detrimento dos itens de trigonometria.
Linguagens
Diferentemente de outros anos, a prova de Português não trouxe quadrinhos ou charges e diminuiu a proporção de textos jornalísticos. "Também houve mais gramática, que tem crescido no Enem. Houve cobrança, por exemplo, de temas como coesão textual", afirma Viviane Xanthakos, professora de Português e Redação do Objetivo.
O tamanho dos enunciados e de cada uma das opções de resposta diminuiu, mas o nível de dificuldade foi mais elevado, de acordo com Viviane. Mas o candidato Vinícius Freitas achou os textos longos e afirma ter sofrido com a linguagem difícil.
"Por isso, eu tive de ler alguns mais de uma vez, o que me tomou muito tempo", afirma Freitas, de 18 anos, que fez a prova em São Paulo.
Talia Lopes, de 19 anos, achou as provas de ontem mais fáceis do que a de anteontem - Ciências Humanas e Ciências da Natureza. "Português e Inglês só tinham questões de interpretação de texto, então só era preciso estar bem atento", avalia a candidata, que também fez o exame na capital.
Na opinião de Heric Palos, professor de Português do Etapa, a prova teve gêneros textuais bem equilibrados, porém, pouca interdisciplinaridade.
Já os itens de Inglês e Espanhol, de acordo com os professores de cursinho ouvidos pela reportagem, não exigiram grande repertório do aluno e tiveram grau de dificuldade semelhante ao das edições anteriores.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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