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Preço dos combustíveis aumenta na região, em menos de um mês após anúncio de redução pela Petrobras

Oscilação de gasolina, álcool e diesel gira entre R$ 0,02 e R$ 0,04

Vinícius Claro
Especial para o Diário
05/11/2016 | 07:23
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Divulgação


O preço dos combustíveis no Grande ABC subiu nas últimas semanas. A gasolina, que deveria baixar na bomba, apresentou alta média de R$ 0,02 (o custo gira em torno de R$ 3,29 e R$ 3,59). O mesmo deveria ocorrer com o diesel, que subiu R$ 0,03 (com valor entre R$ 3,09 a R$ 3,19). O etanol, que já tinha aumentado R$ 0,06, ganhou incremento de R$ 0,02 (de R$ 2,49 a R$ 2,74).

De acordo com o presidente do Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Grande ABC), Wagner de Souza, os valores têm chegado com a correção das distribuidoras. “Quando aumenta, ninguém anuncia. Acho que é correto o consumidor ficar sabendo, pois essas altas nem todo revendedor tem como passar.”

No entanto, mudanças puderam ser percebidas na bomba de combustível. Conforme registros do Diário, iniciados na semana seguinte à divulgação da Petrobras de que a gasolina iria diminuir em R$ 0,05 – e que na região esperava-se queda menor, de R$ 0,03 –, há postos que encareceram o combustível em R$ 0,04.

CONSCIENTIZAÇÃO - O Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes) lança hoje a ação Combustível Legal, a fim de promover ampla discussão sobre as atividades ilícitas, como a inadimplência e a sonegação fiscal, além da adulteração do conteúdo e da quantidade dos produtos vendidos ao consumidor. De acordo com a entidade, anualmente cerca de R$ 2 bilhões deixam de ser arrecadados no Brasil por conta desses atos.

Os postos que sonegam tributos, de acordo com o sindicato, usam a inadimplência como modelo de negócio e geralmente recorrem à indústria de liminares para manter suas empresas em operação. “Além de prejudicar os consumidores, com produtos de baixa qualidade, esses agentes também lesam a sociedade ao desviar recursos que deveriam ser investidos em Educação, Saúde, Segurança e bem-estar social”, afirma o presidente do Sindicom, Leonardo Gadotti.

Coincidentemente, a ação é lançada um dia após o Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo) detectar fraude em posto da região. O Car Max Centro Automotivo, situado na Avenida Caminho do Mar, em São Bernardo, apresentou irregularidades em 16 bombas. O maior erro registrado foi a ausência de 2,3 litros a cada 20 litros abastecidos.

Foram apreendidas as placas do equipamento, e o posto terá dez dias para apresentar defesa, podendo pagar até R$ 1,5 milhão em multa. Além de autuar o posto, o instituto irá apurar a responsabilidade da oficina encarregada da manutenção das bombas de combustíveis.  




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