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Metalúrgicos prometem greve em novembro
Michele Loureiro
Do Diário do Grande ABC
24/10/2009 | 07:00
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Os metalúrgicos de Santo André e Mauá estipularam prazo final para os sindicatos patronais. Caso não haja proposta até sexta-feira (30), a categoria inicia greve no dia 3 de novembro. Em assembleia realizada ontem, cerca de 300 trabalhadores decidiram pressionar os patrões.

Com data-base em 1º de novembro, os metalúrgicos reivindicam reajuste salarial de 10% (composto por 4,5% de reposição da inflação e 5,5% de aumento real). O Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá representa cerca de 24 mil funcionários de aproximadamente 1.000 empresas nas duas cidades.

"As negociações começaram há mais de um mês e os trabalhadores estão ansiosos pelas propostas. Decidimos esperar até o fim da próxima semana, mas já temos combinado que a greve é a alternativa na ausência de ofertas positivas", afirma o diretor do sindicato Sivaldo da Silva Pereira, o Espirro.

O sindicalista destaca que inúmeras empresas procuraram a entidade nas últimas semanas a fim de tentar fechar acordos individuais. "Mas as companhias sofrem muita pressão dos sindicatos patronais e acabam optando por esperar pela proposta coletiva. Além disso, estamos atentos para que não haja disparidade nos salários praticados na categoria", ressalta Espirro.

O Sindipeças (Sindicato dos Fabricantes de Autopeças), que representa cerca de 40% da categoria, já procurou o sindicato. "Estamos otimistas, porém não adianta só apresentar proposta para evitar greve. É preciso que o acordo satisfaça nossas necessidades", destaca o sindicalista.

Na sexta-feira acontece assembleia decisiva. "Enquanto isso, vamos realizar reuniões individuais nas empresas a fim de pressionar o lado patronal", promete Espirro.

Além do reajuste salarial, os metalúrgicos reivindicam redução da jornada semanal de trabalho - de 44h para 40h - sem que haja redução nos salários. "Também queremos que o piso da categoria passe de R$ 890 para R$ 1.200, mas esta é uma discussão para depois da campanha salarial", diz o dirigente.




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