A assembleia geral feita ontem na Praça João Mendes pelos servidores do Judiciário não trouxe avanços para colocar fim à greve iniciada pela categoria há 15 dias. Ontem, cerca de 15 mil pessoas acompanharam o movimento, que marchou do centro da Capital até a sede da Assembleia Legislativa para acompanhar a possível votação do projeto de lei que aumenta o número de vagas oferecidas no setor.

No Grande ABC, as cidades de Ribeirão Pires, Mauá, Santo André, São Bernardo e São Caetano mandaram representantes ao evento, no entanto, não informaram quantas pessoas acompanharam a manifestação.

"A greve continua. Agora, faremos reuniões nos prédios para ver se conseguimos novas adesões nos fóruns daqui", conta uma servidora regional que prefere não se identificar. Apesar de a greve não ter paralisado totalmente os serviços do Judiciário na região (apenas 10% dos servidores do Grande ABC estão parados), o movimento provoca demora no atendimento, que já vinha defasado. Os fóruns de Mauá e São Bernardo são os mais prejudicados.

Sem qualquer negociação entre o governo do Estado e os servidores para acertar o índice de reajuste, as entidades de classe impetraram na semana passada ação para pedir a revisão dos valores considerados defasados. Ontem, a peça foi distribuída e entregue ao relator do Tribunal de Justiça de São Paulo Hamilton Elliot Akel para dar prosseguimento ao caso.

Os servidores solicitam reposição total das perdas salariais das datas-base de 2009 e 2010, que somariam em 20,16%. O índice também contempla residual de 2008. Até o fechamento desta edição, a classe aguardava a possível votação de projeto que aumenta as vagas no setor.