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Novela da Record já causa polêmica antes da estréia
Roberta Brasil
Da TV Press
30/01/2004 | 22:47
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  A novela Metamorphoses está prevista para estrear na Record só no dia 8 de março, mas desde já a produção tem dado o que falar. O mérito, contudo, não é da trama, que mistura jóias roubadas, cirurgias plásticas e trocas de identidade. Nem do elenco, encabeçado por Paulo Betti e Luciene Adami.

Na verdade, o que causou burburinho foi a saída intempestiva do autor Mário Prata, que se disse insatisfeito com as alterações impostas ao texto de sua autoria pela proprietária da produtora Casablanca, Arlete Siaretta. No lugar dele, entrou Charlotte Karowski, um pseudônimo – possivelmente da própria Arlete.

Metamorphoses foi escolhida para reinaugurar o núcleo de teledramaturgia da Record, desativado desde 2001. A decisão de voltar aos folhetins faz parte da estratégia para atingir uma faixa mais ampla da audiência. “As novelas são o produto de maior prestígio na televisão. Se quisermos alcançar o segundo lugar, precisamos produzir”, diz Dennis Munhoz, presidente da Record. Neste sentido, a co-produção com a Casablanca seria o primeiro passo para a reestruturação do núcleo de teledramaturgia.

A cineasta Tizuka Yamasaki foi chamada para dirigir Metamorphoses. O motor da trama são três jóias de alto valor, roubadas em 1917. Nos dias atuais, a proprietária de uma clínica de estética encontra por acaso uma delas e passa a sofrer estranhas perseguições. Para escapar, ela assume a identidade da própria irmã, que morre durante uma cirurgia plástica.

A protagonista será interpretada pela atriz Luciene Adami. Para contracenar com ela, a Casablanca chamou Paulo Betti. Ele interpreta Marcos, um detetive determinado a solucionar o caso das jóias. “Acho importante estimular o surgimento de novos núcleos de dramaturgia na televisão”, afirma Betti.

Veteranos como Gianfrancesco Guarnieri, Joana Fomm, Zezé Motta e Lúcia Alves também estão em Metamorphoses. Mas a maior parte do elenco é mesmo composta de novatos. “Aceitei o convite porque adoro a Tizuka. Ela me dirigiu em Kananga do Japão e prometemos que voltaríamos a trabalhar juntas”, diz Zezé Motta.

Três sinopses de Metamorphoses teriam sido desenvolvidas. Uma de Arlete, outra de Marcílio Moraes e uma terceira de Mário Prata. A primeira medida do autor teria sido trocar o nome da novela para Jóia Rara. A sinopse foi aprovada e Mário seria o responsável pela trama. Mas após anunciada a saída do autor, a Casablanca declarou que ele só foi contratado para escrever os dez primeiros capítulos.

A versão de Mário Prata para o caso é: “a novela já estava no oitavo capítulo quando recebi o primeiro reescrito. Se o resultado fosse bom, eu ficaria quieto. Mas não era o caso”.




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