Economia Titulo
Reajuste de salário sobe no dissídio
Clarice Brandao
Da Redaçao
09/10/1999 | 16:59
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Depois de dois anos de reduçao nos índices de reajustes salariais, foi registrado, no primeiro semestre de 1999, um ligeiro crescimento dessas taxas. O fenômeno deve-se principalmente à necessidade de acompanhar os índices inflacionários, que voltaram a aparecer no cenário do país no princípio do ano. Essa é a conclusao a que o Núcleo de Recursos Humanos do Imes (Instituto Municipal de Ensino Superior) chegou depois de selecionar e analisar a prática de reajustes salariais de 104 empresas da regiao metropolitana da Grande Sao Paulo, durante 24 meses.

Entre os segmentos da economia que participaram da coleta de dados, o setor de serviços foi o que mais concedeu aumentos para seus funcionários - cerca de 22,82% no acumulado do período. Na outra ponta, o setor de comércio foi o que menos reajustou salários - 14,63% acumulados. A indústria registrou reajuste total no período de 17,75%.

Detalhando a análise segundo os semestres pesquisados, nos primeiros seis meses de 1999, o índice médio ponderado de reajuste foi de 2,88%. Essa porcentagem representa um pequeno acréscimo em relaçao ao índice do semestre anterior - segundo de 1998 -, que foi de 2,73%.

A partir desse período, no entanto, a análise dos índices semestrais mostra um decréscimo. Se nos primeiros seis meses do ano passado o índice era de 3,23%, em 1997 ele era de 4,07% em dezembro e de 6,74% em junho. Ou seja, decresceu de 1997 até 1998, apresentando ligeira recuperaçao esse ano.

O Núcleo ainda explica que o comportamento das empresas alicerça-se nos acordos e convençoes coletivas que desde o segundo semestre de 1997, prevêem aumentos na sua maioria limitados a 5% por um período de vigência de um ano.

Em julho e agosto desse ano, o percentual de empresas que concederam reajustes salariais continuou baixo (5,04% e 1,43%, respectivamente). Da mesma forma, os aumentos médios ficaram em 3% e 4%, seguindo a tendência do primeiro semestre.




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