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Médica é morta durante assalto a prédio no Rio
Do Diário do Grande ABC
09/05/1999 | 18:45
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A médica Rosita Bichucher, 61 anos, foi morta com um tiro na cabeça neste domingo de manha durante assalto ao edifício de classe média Odilon de Amorim, no bairro Fonte da Saudade, na zona sul. Ela havia acabado de visitar a mae, Beta Rose, de 90 anos, quando foi dominada por dois assaltantes e colocada junto com outras oito pessoas, entre moradores do prédio e visitantes, dentro do elevador. Eles roubaram jóias, dinheiro e cartoes de crédito das vítimas e fugiram depois de matar Rosita, que, segundo testemunhas, irritou os bandidos ao demorar a entregar seus pertences.

A polícia investiga o envolvimento de quadrilhas de lutadores de artes marciais no crime e em outros quatro assaltos ocorridos a edifícios da zona sul do Rio, desde o início do ano. Esta é segunda vez que moradores do condomínio Odilion de Amorim sao vítimas de criminosos. Em 1995, bandidos invadiram o prédio e assaltaram os moradores. Ela será enterrada neste domingo no cemitério israelita, na zona norte da cidade.

Segundo o porteiro Antônio Carlos da Costa, 28 anos, o assalto ocorreu por volta das 12h e os dois criminosos, armados de revólveres calibre 38, chegaram ao prédio carregando um vaso de flores. "Estava fechando na garagem quando fui surpreendido pelos bandidos", disse Costa. Após dominar o porteiro, os dois assaltantes entraram pela garagem e seguiram até o hall do prédio.

Os bandidos, que estariam drogados de acordo com a polícia, esperaram a entrada e descida de moradores. Rosita, que chegava ao prédio para visitar a mae, foi a primeira a ser dominada. Ela foi colocada junto com Costa dentro do elevador. Em seguida, foi a vez do visitante Luiz Henrique Souza e Cunha, 23 anos, da mulher, Carla Cunha, 20 anos, e amiga, Daniela, 14 anos. Cunha ia visitar o tio e porteiro-chefe do prédio, José Higino, 39 anos, que está de férias e foi substituído por Costa.

Já o morador, Waldir Carneiro, 38 anos, e o casal de filhos, foram dominados no quarto andar quando abriram a porta do elevador e se preparavam para entrar. "Foi um momento horrível", disse Carneiro, proprietário do apartamento 402 e vizinho ao de Berta Rosa, o 401. Ele afirmou que os criminosos estavam nervosos e um deles atirou na cabeça de Rosita, que o teria irritado por demorar a entregar os pertences.

Revoltada, a família da médica culpa a falta de segurança na cidade. "Nao fazem nada pelo social e segurança", afirmou marido de Rosita, o engenheiro José Bernardo. "Isso é a miséria que estamos vivendo", disse. Um dos filhos da médica, o jornalista Arnaldo Bichuche, informou que a mae sempre ia visitar a avó no final da tarde e neste domingo antecipou a visita. Ela morava em Sao Conrado, na zona sul, e tem outros dois filhos.




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