A Justiça decretou, nesta terça-feira, a prisão preventiva dos três estudantes da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Campinas acusados de dopar e estuprar uma colega do curso de arquitetura.

Com a decisão, os universitário serão transferidos da carceragem do 2º DP e devem aguardar julgamento em um CDP (Centro de Detenção Provisória) da região, provavelmente em Hortolândia, interior paulista. Os três alunos, dois do curso de arquitetura e um do curso de jornalismo, cumpriam prisão preventiva desde o dia 5 de abril, em celas separadas.

Os advogados informaram que vão recorrer da decisão. Em depoimento prestado no dia 18 de abril, todos juraram inocência e alegaram que a suposta vítima estava consciente e que sua participação no episódio foi espontânea. O caso tramita sob sigilo.

O crime teria ocorrido no dia 8 de dezembro após um churrasco de confraternização na PUC Campinas. No inquérito, a estudante de 24 anos disse que perdeu a memória após ingerir uma bebida oferecida pelos estudantes. Quando acordou, no outro dia, ela estava na república dos rapazes, com dores no corpo, hematoma e só de calcinha.

A principal evidência do crime seria uma foto apreendida na república dos rapazes que mostra a universitária, aparentemente desmaiada, e os três estudantes, dois deles seminus. A polícia aguarda também um laudo do Instituto de Criminalística de uma fita que contêm gravações telefônicas feitas dias após o suposto estupro entre a universitária e os acusados.