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Rússia vai ajudar EUA a derrubar Talibã
Das Agências
24/09/2001 | 15:30
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O presidente russo Vladimir Putin afirmou nesta segunda-feira que não vai enviar tropas ao Afeganistão para ajudar na possível retaliação militar norte-americana, mas garantiu que vai apoiar a Aliança do Norte, que faz oposição ao governo do Talibã, de acordo com o parlamentar Boris Nemtsov, líder do partido SPS.

A declaração foi feita durante uma reunião entre parlamentares no Kremlin. Putin já declarou que vai abrir seu espaço aéreo para aviões destinados à ajuda humanitária.

O presidente norte-americano, George W. Bush, afirmou que a Rússia foi um dos primeiros países a apoiar as medidas antiterror anunciadas nos últimos dias pela Casa Branca. Bush disse que o presidente russo, Vladimir Putin, sabe que a Guerra Fria acabou e russos e americanos podem cooperar em "diversos aspectos".

Jornais- A imprensa russa já dava como certa a ajuda que o país prepara para uma nova campanha militar no Afeganistão para ajudar uma força internacional forçar a derrubada do Talibã.

"Rússia prepara a segunda campanha afegã", é a manchete do "Izvestia", principal jornal do país. Segundo reportagem na edição desta segunda, a possibilidade de "participação direta" de tropas russas na ação militar planejada pelos EUA foi levantada no sábado, durante um encontro do presidente Vladimir Putin com seus principais ministros.

"O Kremlin compreendeu que não somente é necessário preparar-se para uma guerra como também participar com os meios com que conta a Rússia para ajudar os norte-americanos", afirmou outro grande jornal do país, o "Vedemosti".

"A estabilidade da Ásia Central dependerá da eficácia da colaboração da Rússia com a Aliança Norte [grupo afegão anti-Taleban]", afirma texto do jornal.

Segundo a imprensa russa, a colaboração que as ex-repúblicas soviéticas do Uzbequistão e Tadjiquistão já estão dando aos Estados Unidos é fruto da pressão diplomática da Rússia. A ação militar no Afeganistão, porém, desperta memórias dolorosas em parte da população russa, já que a ex-União Soviética foi derrotada em sua última tentativa de ocupar o país, perdendo milhares de soldados.

O interesse norte-americano em invadir o Afeganistão é destruir os campos de treinamento de terroristas do grupo Al-Qaeda e capturar seu líder, Osama bin Laden, principal suspeito de planejar os atentados de 11 de setembro contra os Estados Unidos.

O Talibã, grupo extremista islâmico que domina a maior parte do território afegão, é acusado pelos EUA de abrigar e acobertar Bin Laden.




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