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Redução de jornada mobiliza região
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
19/05/2010 | 07:00
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O ato pela redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, feito ontem pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, reuniu cerca de 3.000 trabalhadores do setor de autopeças reivindicando que o projeto seja colocado em votação ainda neste mês.

A manifestação que ocorreu ontem, em frente a TRW de Diadema, fez parte de movimento coordenado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) em parceria com a CNM (Confederação Nacional dos Metalúrgicos) e outras centrais em todo o País para acelerar a tramitação da lei que está parada há 15 anos no Congresso.

"Hoje, há manifestações ocorrendo nos 27 Estados brasileiros. Queremos fazer pressão, para que isso seja votado", diz Artur Henrique da Silva Santos, presidente nacional da CUT.

O evento em Diadema começou logo cedo, antes mesmo das 7h da manhã, trabalhadores de diversas empresas já fechavam a rua Guaraciaba, portando cartazes nas mãos, que afirmavam que "40 horas é mais emprego".

O slogan também foi repetido exaustivamente pelos diretores dos sindicatos em cima do caminhão de som. "Com a redução de jornada, geraríamos cerca de 2,5 milhões de empregos. As empresas dizem que teriam problemas, fechariam as portas se aprovassem isso, mas não é assim. Eles têm 84% de produtividade acumulada desde 1988, quando reduzimos de 48 para 44horas", afirmou no caminhão de som, o presidente do sindicato dos Metalúrgicos do ABC Sérgio Nobre.

Ele comenta que apesar de 70% da categoria já ter o horário reduzido, muitos setores ainda enfrentam jornadas extensas. "O comércio e a construção civil têm muito disso ainda. Temos negociações em andamento, mas sabemos que isso só mudará com a determinação da lei", atesta. Segundo ele, empresários comprometeriam cerca de 1,9% dos lucros na diminuição do horário de trabalho. A lei em tramitação no Congresso estabelece também o aumento do adicional de hora extra de 50% do valor normal para 75%.




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