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Maluf vai fazer exame de DNA para negar paternidade
Do Diário do Grande ABC
28/03/1999 | 19:56
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O ex-prefeito Paulo Maluf vai entrar na Justiça para requerer exame de DNA com o objetivo de provar que ele nao é o pai de uma menina de oito anos que, conforme alega a mae, Silvana Rocha de Oliveira, seria sua filha. Silvana, que na época tinha 15 anos de idade, engravidou em 1990.

A acusaçao que envolve Maluf foi feita pelo pai de Silvana, Sílvio Rocha de Oliveira, em vídeo divulgado na Comissao Parlamentar de Inquérito (CPI), da Câmara Municipal, que investiga corrupçao nas administraçoes regionais da capital paulista, há uma semana. A acusaçao foi reiterada pela própria Silvana em várias entrevistas.

``Estou entrando na Justiça para requerer o exame do meu DNA, da acusadora e da criança, que ela, falsamente, alega ser minha filha. Estou com minha consciência tranqüila', diz o ex-prefeito em nota oficial divulgada neste domingo.

Os advogados de Maluf entendem que ele nao precisa aguardar que a família de Silvana peça o teste de paternidade porque o nome dele foi citado em depoimentos públicos.

Maluf garante que vai processar ``os falsos acusadores de tao aviltante mentira'. Ainda no comunicado, ele afirma que a CPI da máfia dos fiscais está se transformando ``em pizza, porque ninguém tem interesse em apurar nada'. Maluf diz também que ``o que interessa é a publicaçao de matérias maldosas que têm como fontes pessoas desqualificadas e sórdidas, que estao a serviço de algum partido político adversário, com interesses eleitorais espúrios'. A CPI é presidida pelo vereador José Eduardo Martins Cardozo, do PT.

Em entrevista à revista Veja Sao Paulo desta semana, Silvana diz que, apesar de ter mantido relacionamento sexual com outro homem na época em que ficou grávida da suposta filha de Maluf, sabe que a menina ``é do doutor Paulo'. Ela afirmou na entrevista, porém, que a certeza sobre a paternidade depende do exame de DNA.

Embora somente agora a história do envolvimento de Silvana com Maluf tenha se tornado pública, o Ministério Público de Sao Paulo já a conhecia desde meados do ano passado. Em agosto, dizendo estar recebendo ameaças de morte, o pai de Silvana prestou depoimento no Ministério Público relatando em detalhes o caso de sua filha com o ex-prefeito.

A CPI dos fiscais chegou até Sílvio Rocha porque ele tinha uma posiçao de influência na Administraçao Regional da Penha, que era comandada pelo vereador foragido Vicente Viscome (sem partido). Rocha era considerado na Regional ``intocável' por causa da suposta relaçao de sua filha com Maluf. Os vereadores da CPI queriam saber detalhes da entrega de um cheque de R$ 40 mil a Rocha pelo tesoureiro de Maluf, Calim Eid, para que se mantivesse calado sobre o romance de Maluf e Silvana. Eid nega que tenha feito esse pagamento.




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