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Temporais já mataram 63 pessoas no Rio de Janeiro
Do Diário OnLine
Com AE
02/01/2010 | 09:43
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As fortes chuvas do fim de 2009 transformaram em um cenário trágico um dos principais paraísos turísticos do Estado do Rio. O deslizamento de uma encosta atingiu uma pousada e sete casas na Ilha Grande, na baía de Angra dos Reis, deixando pelo menos 28 mortos.

No continente, outras 13 pessoas morreram em mais um desmoronamento, no Morro da Carioca, no centro histórico, um dos destinos mais procurados no Réveillon. Hoje foram retirados 15 corpos. No Estado, 63 pessoas já morreram por causa das chuvas.

Além do Rio, outras 12 mortes aconteceram no País, em consequência das chuvas. Cinco óbitos foram registrados em Cunha e quatro em Guararema. Ambas as cidades ficam no Vale do Paraíba, em São Paulo. Em Juiz de Fora (MG), três morreram.

Poucas horas depois da comemoração de Ano Novo, às 2h30 de sexta-feira, os hóspedes da pousada Sankay, na Enseada do Bananal, uma região de pequenas ilhas em torno da Ilha Grande, foram surpreendidos pelo desmoronamento de toneladas de rochas e terra da imensa encosta, localizada atrás do prédio.

A maioria dos hóspedes conseguiu sair a tempo, mas a filha dos proprietários da pousada, Yumi Faraci, 18 anos, e um casal de amigos dela ficaram sob os escombros.

Resgate - Mais de 100 pessoas, entre bombeiros, médicos e voluntários, foram mobilizadas para a operação de resgate. Militares da Marinha também ajudaram. Helicópteros e navios forem empregados no transporte de equipamentos e de pelo menos 10 feridos. Cães farejadores também ajudam no trabalho de buscas.

O vice-governador do Rio, Luz Fernando Pezão, revelou, em entrevista à Globo News, que pelo menos oito corpos ainda devem ser resgatados na Ilha Grande.

Quatro vítimas, todas da mesma família, foram identificadas. Elas moravam em Minas Gerais. Outras três pessoas, de São Paulo, também foram reconhecidas. Dos oito corpos, três eram de crianças e um de uma mulher grávida. Mais três corpos chegaram ao IML do Rio na manhã deste sábado, dois homens e uma mulher. os mortos do Morro do Carioca foram identificados no IML de Angra.

A chuva no litoral sul do Rio também isolou a região, provocando várias quedas de barreira na BR-101 (Rio-Santos). Na altura de Paraty, a via chegou a ser interditada nos dois sentidos. Várias regiões de Angra foram castigadas e a prefeitura contabiliza 80 casas destruídas.

A tradicional procissão marítima de Angra, que ocorre no primeiro dia de cada ano, foi cancelada. A festa de aniversário da cidade, que ocorre dia 6 de janeiro, também foi cancelada. O prefeito de Angra, Tuca Jordão, decretou luto oficial de três dias na cidade.

No Estado - A situação também é dramática na Baixada Fluminense. Os corpos de um casal de idosos foram resgatados por bombeiros. Morreram abraçados sob a terra que desabou sobre a casa deles em Piabetá, distrito de Magé.

Em Duque de Caxias está o maior número de desabrigados: 2 mil. Moradores de vários bairros transitam por ruas com água no meio das pernas, diante da dificuldade de escoamento da enchente.

No bairro do Pilar, a água chegou a 1,5 metro em algumas ruas e muitos moradores ainda estão isolados em casa. Na capital, desabamentos provocaram mortes em bairros das Zonas Norte e Oeste.




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