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Serra tem preferências, mas não escolheu vice
11/05/2010 | 07:40
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O pré-candidato à Presidência da República José Serra (PSDB) disse ontem, em entrevista à Rádio CBN, que ainda não escolheu nome para o cargo de vice e que essa negociação cabe aos partidos que dão sustentação à sua campanha. "Não escolhi o vice nem serei eu quem vai escolher, são os partidos que farão isso", afirmou.

O ex-governador disse ter suas preferências, mas não quis revelar as características de eventual companheiro ou companheira de chapa. "Qualquer coisa que eu disser vai dar margem à especulação." Questionado se o PP já estaria alinhado à sua pré-candidatura, Serra disse não saber.

O PP, do deputado Paulo Maluf, tem no governo o ministro das Cidades, Márcio Fortes, mas tem sido cortejado por tucanos. O partido tem trabalhado para fechar ao menos alianças regionais com o PSDB, como no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais. "Eu vou querer somar ao máximo os apoios ao meu programa. O PP no Rio Grande do Sul é um partido excelente, de bons quadros. O Brasil é muito heterogêneo", afirmou.

BANCO CENTRAL - José Serra se irritou durante entrevista à Rádio CBN, quando lhe perguntaram se respeitaria a autonomia do BC (Banco Central do Brasil). Ele também criticou a ação da instituição durante a crise quando, em sua opinião, os juros poderiam ter caído mais.

Sem responder diretamente à questão sobre autonomia, o ex-governador disse que "não haverá virada de mesa".

"O Banco Central não é a Santa Sé. Você acha que o BC nunca erra? Tenha paciência. Quem acha que o BC erra é contra dar autonomia e condições de trabalho? Claro que não. Agora, de repente, monta-se um grupo que é acima do bem e do mal, que é o dono da verdade e qualquer criticazinha já vem algum jornalista, já vem outro e ficam nervosinhos por causa disso. Não é assim. Eu conheço economia, sou responsável, fundamento todas as coisas que penso a esse respeito".

O ex-governador defendeu a manutenção do chamado tripé da política macroeconômica (câmbio flutuante, metas de inflação e responsabilidade fiscal), mas disse que o BC não é infalível e que, se cometer erros, o presidente deve "fazer sentir sua posição".

Serra evitou criticar o aumento de 7,7% para as aposentadorias e pensões de mais de um salário-mínimo aprovado pela Câmara na semana passada. Ele afirmou que "não estará entre os críticos" se o governo elevar as aposentadorias acima da inflação.




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