O comércio varejista do Grande ABC atingiu faturamento real (descontada a inflação) de R$ 2,7 bilhões em julho. O montante representa alta de 4,4% na comparação com o mesmo mês de 2015.

No acumulado do ano, porém, entre janeiro e julho, houve recuo de 1,9% nas receitas. Quando comparado aos últimos 12 meses, a retração é ainda maior, de 6,2%. Os dados integram a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo, realizada mensalmente pela FecomercioSP.

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, seis atividades apresentaram crescimento nas vendas. Entre as principais altas estão os setores de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento, com alta de 18,3%, que em julho faturou mais de R$ 200 milhões. O ramo é seguido por materiais de construção, que cresceu 10,7% e totalizou receita de R$ 208,6 milhões.

O segmento supermercadista, embora tenha obtido o terceiro melhor resultado do mês, com elevação de 10,6%, foi, disparado, o que mais vendeu, somando R$ 1,027 bilhão e respondendo por 38% das receitas do comércio varejista da região.

Por outro lado, três ramos registraram queda em julho, entre eles farmácias e perfumarias, com recuo de 17,7% (R$ 178,3 milhões), lojas de vestuário e calçados, com queda de 7,5% (R$ 233,9 milhões) e concessionárias de veículos, que retraiu 5,2% (R$ 354,7 milhões).

Segundo a FecomercioSP, a expectativa é que nos próximos meses o varejo da região passe a apresentar taxas de crescimentos mensais, inclusive com expectativa de crescimento de 2% para dezembro, período em que as pessoas devem consumir mais, por conta do 13º salário e do Natal, e de cenário mais otimista que em 2015.

Para 2017, pondera que não espera níveis superiores de vendas na comparação com 2016.