Economia Titulo
Calote encolhe 14% no Grande ABC
Hugo Cilo
Do Diário do Grande ABC
31/10/2006 | 23:03
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Influenciada pela aproximação do Natal, a inadimplência recuou forte no Grande ABC em setembro na comparação com o mês anterior. Levantamento do Instituto de Estudos de Protestos de Títulos revela que o calote encolheu 14,18% na média da região, puxado pela queda em Ribeirão Pires (-26,2%), que também concentra a cobrança de títulos de Rio Grande da Serra. As principais cidades em movimentação financeira – Santo André e São Bernardo – apresentaram retração significativa: -11,2% e -17,9%, respectivamente.

São Caetano apresentou a menor queda na inadimplência: -4,1%. Em Mauá, o resultado foi de -12,3%. Diadema não participa do levantamento porque não revela números sobre títulos em cobrança.

Segundo a diretora executiva do Instituto de Estudos de Protesto, Roberta de Arruda e Menezes, o calote perdeu fôlego no mês passado em razão de novas contratações de empréstimos e aumento da renda do trabalhador. “Além disso, a entrada de recursos do 13º salário será importante para o consumidor atentar para o limite de endividamento, uma vez que será o desejo do consumidor liquidar os compromissos pendentes para adquirir novos créditos”, diz Roberta.

Outro fator apontado como responsável pela redução é o reaquecimento da economia no segundo semestre, tanto no setor industrial quanto nas atividades de comércio de serviços.

Ainda de acordo com a pesquisa, em setembro 17 mil pessoas pagaram dívidas em cartório e 4,5 mil nomes foram regularizados após protestos.

Anual – Embora os números de inadimplência apresentem forte recuo em setembro no confronto com agosto, o total de documentos enviados a cartório no período dispararam quando comparado a setembro de 2005. A pesquisa revela um aumento de 18% na média dos tabelionatos da região.

“Isso acontece não pelo aumento da inadimplência, mas pela popularização do uso dos serviços de cartórios. As pessoas estão descobrindo cada vez mais que os cartórios são formas rápidas, simples e seguras de cobrar valores não honrados”, diz a diretora executiva.

Tendência – Os balanços mensais de protesto de títulos devem manter-se ladeira abaixo. Isso porque, tradicionalmente, os consumidores reduzem os gastos no início do último trimestre para voltar a gastar nas festas de fim de ano.




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