Nos documentos, o diretor da Polícia do Senado Pedro Ricardo Araújo de Carvalho é descrito como líder da "organização criminosa", tendo ordenado diligências aos outros três presos não só no prédio do Senado, mas em diversas residências e escritórios dos políticos.
As varreduras ocorreram em 2014 e 2015, após os congressistas serem implicados na Lava Jato.
A ação, autorizada pela 10ª Vara da Justiça Federal, investiga somente as condutas dos policiais. Se encontrados elementos de envolvimento em crime dos senadores, que têm foro privilegiado, o caso será enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O juiz Vallisney de Souza Oliveira, que autorizou as prisões, considerou os fatos gravíssimos. Ele entendeu que as medidas eram necessárias para facilitar a colheita de provas e evitar que os policiais legislativos, treinados em contrainteligência, eliminassem provas e usassem outras estratégias para atrapalhar as apurações. Outro objetivo é colher os depoimentos dos agentes sem dar margem à combinação de versões.
As prisões são pelo prazo inicial de cinco dias, mas o juiz autorizou a PF a liberar os investigados antes disso, caso entenda que o encarceramento não é mais necessário.
A PF atribui aos policiais legislativos os crimes de corrupção passiva privilegiada e de impedir ou embaraçar investigação que envolva organização criminosa.
Advogados do Senado informaram que ainda estão levantando dados da investigação para se pronunciar.
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