O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) continua a promover nesta terça-feira uma série de manifestações contra o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Sem-terra estão em frente à sede do Incra, no Centro de São Paulo em protesto pela Jornada Nacional pela Reforma Agrária. A manifestação conta com participantes de vários cidades do Estado, como do Pontal do Paranapanema.

Cerca de 200 trabalhadores rurais fizeram na manhã desta segunda-feira uma passeata pelo centro da cidade de São Paulo até praça Charles Muller, em frente ao estádio do Pacaembu, mas não atrapalharam o tráfego.

Em Brasília, o MST organiza uma outra passeata, rumo à Esplanada dos Ministérios, com os trabalhadores rurais vindos de 13 Estados. Os cerca de 400 manifestantes vão protocolar um pedido de audiência com Fernando Henrique, ao final da passeata.

Os sem terra querem o assentamento de 80 mil famílias acampadas, liberação de créditos rurais, exige políticas de combate à seca, além de protestar contra o uso de alimentos geneticamente modificados.

Em Maceió, a Coordenação Estadual do MST montou um acampamento na Praça Marechal Deodoro da Fonseca, no Centro da cidade. Trata-se de um protesto contra o atraso na liberação de recursos para os acampamentos e por maior rapidez nos processos de desapropriação de áreas ocupadas por trabalhadores rurais cadastrados pelo movimento. O acampamento já conta com mais de 300 famílias de municípios da Zona da Mata e litoral Norte do Estado.

Na segunda-feira, o MST ocupou superintendências regionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em 20 Estados.

Em Campo Grande, mais de 500 sem-terra estão no prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) desde segunda-feira. De acordo com o superintendente regional do órgão, Celso Cestari, os manifestantes não invadiram o prédio, pois “eles utilizam sanitários e tomam água quando querem”, sem restrição do esquema policial.