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Bancários iniciam campanha salarial
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
12/08/2011 | 07:30
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O comando nacional dos bancários entregará pauta de reivindicações hoje à Federação Nacional dos Bancos, em São Paulo, como parte da campanha nacional deste ano. Para lembrar que o dissídio da categoria é no dia 1º de setembro, os bancários organizaram mobilizações nas grandes cidades do País.

No Grande ABC, a categoria soma 7.500 trabalhadores. A classe vai seguir os mesmos passos do ano passado. "Nossas negociações nunca são fáceis. Em 2010, permanecemos em greve durante 20 dias para alcançarmos aumento de 8%, composto por 3,5% de reajuste real, mais a reposição da inflação. Neste ano, estamos dispostos a continuar lutando por melhores condições. Vamos fazer o que for necessário", diz a presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Maria Rita Serrano.

Ela conta que o lucro das instituições bancárias neste ano foi superior a 2010, por isso os banqueiros não terão a justificativa de cenário econômico negativo. "Além disso, temos uma série de reivindicações sociais, como o reajuste do auxílio-creche."

A minuta das reivindicações, segundo o comando nacional, relaciona reajuste salarial de 12,8%, referentes a 5,3% de aumento real mais reposição da inflação, projetada em 7,5%; participação nos lucros, equivalente a R$ 4.500 fixos mais três salários-mínimos; e piso salarial de R$ 2.297,51, conforme estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos, retroativo a junho.

A categoria pede também auxílios de R$ 545 para alimentação e o mesmo valor para creche, bem como contratação da remuneração total e previdência complementar para todos, informa o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro, Carlos Cordeiro. "Vamos levar a campanha para todos os sindicatos e mostrar nossas demandas nos locais de trabalho, nas ruas, em uma mobilização da categoria e da sociedade, preparatória para as negociações com os bancos."

O dirigente da Contraf-CUT acredita que "com o crescimento da economia e os lucros acumulados, os bancos reúnem todas as condições para garantir aumento real e assegurar emprego decente para todos".

Em Brasília, a mobilização começou ontem com paralisação parcial de funcionários do edifício-sede do Banco do Brasil. Os sindicalistas foram, depois, à sede da Caixa Econômica Federal. (com ABr)




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