O Consórcio Intermunicipal Grande ABC recebe hoje, às 18h, a segunda audiência pública para debater o projeto de lei do governo de São Paulo que reorganiza a Região Metropolitana, de 39 municípios. O primeiro de seis debates ocorreu dia 12 na Assembleia Legislativa, onde a proposta tramita desde 2005. O encontro de hoje será a oportunidade de as lideranças políticas locais - prefeitos, deputados estaduais e federais, além dos vereadores e entidades de classe - defenderem e sugerirem o que a corrente que prega fundo de verbas próprio para as sete cidades da região.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que pretende manter o texto original, que prevê três regiões do Estado beneficiadas (além da Grande São Paulo, na qual o Grande ABC está incluído, Baixada Santista, como nove municípios, e Grande Campinas, com 19 cidades).

Assim, os recursos estaduais serão separados para investimentos nos 39 municípios, e os sete da região, que têm propostas definidas pelo Consórcio e Agência de Desenvolvimento Econômico, não terá dinheiro específico.

O presidente do colegiado regional de prefeitos e chefe do Executivo de Diadema, Mário Reali (PT), participou da primeira audiência sobre o tema no Parlamento paulista. Na ocasião, reafirmou a importância dessa reorganização metropolitana, já que alguns problemas não se resolvem nos limites do municípios.

Disse ainda sobre sua preocupação com relação à contribuição dos municípios no fundo que será criado pelo Estado - sem valor definido. Reali defendeu o papel dos Consórcios Públicos como instâncias regionais para participar das decisões. "É complicado hoje colocar 39 municípios para discutir as mesmas questões, pois os problemas são muito diferentes. Não queremos ter contradições nessa nova estrutura que será criada."