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Gabrielli vê convergência no pré-sal
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
06/10/2009 | 07:00
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Embora a votação para o marco regulatório do pré-sal esteja marcada para 10 de novembro, ainda há divergências entre a bancada e o projeto do governo. Para o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, no entanto, de um mês para cá a situação avançou e já existem convergências.

"Todo mundo concorda em mudar o marco regulatório para aumentar a participação do Estado, para fortalecer a Petrobras, a indústria nacional e os fornecedores da indústria do petróleo e para melhor uso da receita do petróleo a fim de favorecer o povo brasileiro na criação de uma nova empresa (a Petro-Sal, que seria o olho da União dentro dos consórcios formados para explorar os poços)", elencou Gabrielli, durante 10º Encontro Internacional de Energia, realizado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).

A divergência apontada pelo deputado federal Duarte Nogueira (PMDB-SP) foi o regime misto de partilha e concessão. "Não dá para saber se a Petrobras oferecerá o melhor custo-benefício para o Estado brasileiro", disse Nogueira, referindo-se ao fato de a estatal ser a única operadora na extração do pré-sal. O deputado federal Nelson Proença (PPS-RS) complementou que, com a concentração da Petrobras, há o risco de acontecer um "relaxamento da atuação principalmente em relação aos custos".

Gabrielli, no entanto, rebateu: "Fizemos 56 anos no sábado. A indústria do petróleo não permite relaxamento". Para ele, a tramitação no Congresso e Senado não deve ser finalizada antes do primeiro trimestre do ano que vem. Com isso, os leilões do pré-sal devem ocorrer só em 2011.

O investimento da Petrobras para os próximos cinco anos é de US$ 174 bilhões, ou US$ 35 bilhões por ano. Do montante, 28,6% serão destinados ao pré-sal. Gabrielli afirmou que, até 2013, 243 mil pessoas serão treinadas para atuar na cadeia de fornecedores da Petrobras. O investimento será efetuado pela estatal em parceria com a ANP (Agência Nacional do Petróleo).




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