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Terremoto na Turquia já matou mais de 400 pessoas
Do Diário do Grande ABC
13/11/1999 | 18:55
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O terremoto que sacudiu o noroeste da Turquia na sexta-feira deixou pelo menos 393 mortos e quase 3 mil feridos, segundo o último balanço da rede de televisao NTV divulgado na noite deste sábado.

O balanço precedente, do centro de crise do ministério da Saúde, assinalava 323 mortos e 2.657 feridos. Equipes de socorro de vários países seguiam trabalhando na noite deste sábado em busca de vítimas presas nos escombros dos prédios que desabaram com o tremor de 7,2 na escala Richter registrado às 19h local de sexta-feira.

Neste sábado chegaram à Turquia equipes de resgate de França, Alemanha, Suíça, Argélia, Grécia e Israel. A Turquia solicitou ajuda a vários países: Grécia, Argélia, Israel, Bulgária, Ucrânia, Romênia, República Tcheca, França, Suíça, Alemanha, Itália e Dinamarca.

Em 17 de agosto passado, outro terremoto de 7,4 Richter devastou a mesma regiao da Turquia matando cerca de 20 mil pessoas.

O ministro do Trabalho, Yasar Okuyan, assinalou neste sábado que 90% dos prédios que caíram na véspera estavam desocupados desde o grande terremoto de agosto.

Segundo o ministério de Habitaçao, citado pela agência Anatólia, caíram cerca de 300 edifícios na sexta-feira.

Até o momento, 14 pessoas foram resgatadas entre os escombros dos prédios em Duzce, epicentro do terremoto, e em Kaynasli, a 15 km a Leste, informaram as equipes de socorro. Em Kaynasli, os bombeiros turcos e húngaros resgataram 12 pessoas de um prédio de três andares, onde também funcionava um café, que reunia de 30 a 40 pessoas, todas acompanhando a transmissao da partida de futebol entre Turquia e Polônia. Em Duzce, foram retirados dois homens de um edifício de 5 andares, onde também podem estar soterradas cerca de 60 pessoas, comentaram vários testemunhas.

A imprensa turca destacava, neste sábado, que o governo reagiu com rapidez e enviou ao local ambulâncias, médicos e enfermeiros, hospitais de campanha, geradores e medicamentos, o que nao ocorreu no grande terremoto de agosto passado. ``Desta vez nao cometeram erros', resumia o jornal Milliyet.

Apesar da eletricidade ter sido cortada, a rede telefônica nao ficou completamente muda e a zona atingida nao ficou ilhada do resto do mundo, como aconteceu em agosto, facilitando os trabalhos de resgate. Ainda assim, as autoridades tomaram a precauçao de fechar as estradas, para evitar engarrafamentos que pudessem atrapalhar as operaçoes de socorro. Diversos viadutos ficaram danificados e a estrada Bolu-Duzce desmoronou em alguns trechos.

As imagens aéreas da cadeia de televisao NTV, na manha deste sábado, mostravam graves danos e dezenas de imóveis destruídos. Em Duzce, o velho hospital desmoronou, enquanto que os edifícios mais novos ficaram rachados, obrigando os médicos a prosseguir com seus trabalhos e a se arriscar a operar ao ar livre, com a baixa energia dos geradores.

O epicentro do terremoto foi localizado a menos de 300 km a Leste de Istambul, onde deve ser inaugurada, na quinta-feira, uma cúpula da Organizaçao para a Segurança e Cooperaçao na Europa (OSCE), cuja realizaçao está garantida, segundo o presidente turco Suleyman Demirel.




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