A inteligência americana duvidava da existência de vínculos entre o regime de Saddam Hussein e a rede terrorista Al Qaeda, segundo o senador democrata Carl Levin, que citou nesta sexta-feira documentos que perderam a classificação de "confidencial".

Trechos desses informes desmentem altos funcionários da administração Bush que afirmaram o contrário para justificar o início da guerra no Iraque, denunciou o senador em um comunicado.

Os documentos desvirtuam principalmente as afirmações da administração, segundo as quais o Iraque havia formado agentes da Al Qaeda, e sobre o suposto encontro entre Mohammed Atta, envolvido nos atentados de 11 de setembro, com um funcionário da inteligência iraquiana em abril de 2001, em Praga.

Em relação à suposta formação de terroristas da Al Qaeda no Iraque, Levin cita especialmente dois informes da CIA, de 2002 e 2003, que afirmam dispor de elementos insuficientes para se pronunciar a respeito. Da mesma forma, se refere a um informe sobre as armas de destruição em massa (ADM) no Iraque, de outubro de 2002, segundo o qual a informação sobre esse tema "são de segunda mão e provêm de fontes de confiabilidade incerta".