As filas estavam enormes durante todo o dia e a Prefeitura teve de reforçar a equipe para fazer o atendimento. Além dos 12 servidores que trabalham na Central de Atendimento no Paço, a Secretaria de Finanças teve de mandar mais 12 técnicos para atuar na operação especial de atendimento aos devedores de impostos.
Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, também foram designados guardas municipais para orientar as pessoas e foram colocados mais assentos na Praça de Atendimento. Uma ambulância também ficou no local caso houvesse alguma emergência. O departamento de comunicação afirmou que não foram registradas ocorrências e que houve atendimento preferencial a gestantes, idosos e portadores de deficiência.
A assessoria informou que por causa do número elevado de devedores de impostos, a Prefeitura teve ainda de fazer uma parceria com dois bancos – Banespa e Banco do Brasil. Os horários nas agências tiveram de ser prorrogados além das 16h para atender até o último cliente.
A Prefeitura ainda não sabe quanto entrou nesta sexta nos cofres públicos por conta da negociação das dívidas com os inadimplentes com o pagamento de impostos. A dívida ativa na cidade é de R$ 100 milhões e, por causa do Sarc que começou em dezembro do ano passado, tinha recuperado até fevereiro R$ 8,5 milhões.
A isenção de 100% começou em 3 de dezembro e a data final para pagamento em parcela única foi nesta sexta. Quem optou pelo parcelamento em até 24 vezes teve uma redução de 40% do valor dos juros e multas e em até 48 vezes, de 20%. Os que preferiram em até 60 vezes terão suas parcelas corrigidas monetariamente, sem redução do valor dos juros e multas.
Em fevereiro, foram feitos 2.133 acordos, contra 1.234 em dezembro e 2.001 em janeiro.
Revolta – O clima nesta sexta era de revolta entre os devedores de impostos que enfrentaram filas. As pessoas estavam visivelmente contrariadas. O estacionamento da Prefeitura estava lotado e diversas pessoas estavam sentadas na escadaria do prédio.
O aposentado Luiz Carlos da Silva, 56 anos, estava indignado com a demora no atendimento. “É uma palhaçada. Estou desde as 14h aqui”, afirmou o morador, por volta das 16h. A dona de casa Emilita Helena Gomes de Oliveira, 54, também reclamou. “Estou desde as 11h30 na fila. É um descaso”.
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