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Seleção espanhola fala em injustiça e azar
Com Agências
17/06/2010 | 07:10
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Da AFP


O sentimento dos jogadores da Espanha após a derrota para a Suíça foi um só: de injustiça. Com diversas chances de gols, a Fúria esbarrou na falta de pontaria ou no excesso de preciosismo de seus atacantes. "Tentamos de tudo, tentamos o tempo todo, mas não tivemos a sorte de fazer o gol", comentou o meia Xavi.

Apontada como uma das favoritas ao título, principalmente após a conquista da Eurocopa e por figurar entre os líderes no ranking da Fifa, a Espanha decepcionou e seu técnico, Vicente Del Bosque, negou qualquer tipo de favoritismo. "Estamos na primeira fase e ninguém de nossa delegação falou em favoritismo. Ninguém falou em ser campeão", disse. "Se jogarmos essa partida outra vez, não acredito que o mesmo vá acontecer. Poderíamos ter vencido. Mas não foi nosso dia", emendou o treinador.

No lado suíço, a alegria misturava-se à surpresa pela vitória sobre os espanhóis. "É uma sensação muito agradável ganhar da favorita. São três pontos inesperados", disse o técnico Ottmar Hitzfeld. "Vi a equipe jogar de forma excelente e estou muito feliz por isso. Precisamos disso para ter confiança na partida contra o Chile, que será tão difícil como a contra a Espanha", emendou.


‘Acho melhor torcer pelo Brasil', diz técnico

Entre um compromisso e outro, o diretor de Esportes de São Bernardo José Alexandre Pena Devesa viu o jogo entre Espanha x Suíça. Filho de espanhol e com dupla nacionalidade, estava na torcida pela Fúria. Mas, no momento do gol suíço, fez comentário que coincide com diversos descendentes que nasceram ou mudaram-se para solo brasileiro: "Acho melhor torcer pelo Brasil", brincou. "A Espanha é quase como a portuguesa, fica como o segundo time. Carrego o sangue espanhol, mas sou brasileiro. Com ou sem Dunga."

Com família oriunda das cidades de Santiago de Compostela e La Coruña, José Alexandre morou por seis meses no país europeu enquanto ainda jogava vôlei (defendeu o Málaga entre 2004 e 2005). Hoje, além de diretor, é técnico da equipe feminina de São Bernardo, o que o deixa sem tempo de acompanhar o futebol espanhol. "Minhas atividades ocupam muito do meu tempo. Se no fim de semana também assistir futebol, minha filha dá as contas."

Mesmo assim, soube descrever a seleção espanhola. "Tem futebol bem ofensivo, prioriza o ataque, marca gols e é agradável de se assistir", explicou. "Falta apenas conquistar uma Copa, mas não é fácil pertencer ao grupo de vencedores de um Mundial", completou.

O motivo pela falta de títulos poderia ser o fato de os estrangeiros terem invadido a Espanha para jogar? "Acredito em duas linhas. Uma que isso atrapalha e não fomenta a formação de atletas. Por outro lado, melhora o nível técnico com outros estilos. Tem de haver equilíbrio", concluiu.




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