DIARIO - Qual a avaliaçao do sr. sobre sua atuaçao frente ao comando do Legislativo neste mandato?
JOSÉ WALTER TAVARES - Foi uma experiência nova porque, como vereador, muitas vezes você nao pára para analisar o que é a Presidência. Acho que foi muito positivo o meu mandato que se encerra agora no dia 31. Fizemos uma boa parceria com os vereadores e os funcionários da Câmara. Acho que a gente conseguiu fazer com que o legislativo pudesse andar de forma satisfatória. Sobre os projetos aprovados, também acho que houve uma boa parceria com o Executivo. Acredito mesmo que a Câmara precisa ter essa sintonia com o Executivo porque, sem ela, quem perde é a populaçao. Eu, como presidente, tive a tranqüilidade de saber que aconteceram essas parcerias e todos acabaram ganhando com isso.
DIARIO - Quais os projetos mais importantes que foram aprovados?
TAVARES - É difícil destacar dentre todos os projetos que foram votados nesses dois anos porque cada um tem a sua importância. Vejo com muito carinho esse projeto que acabamos de votar praticamente ao apagar das luzes, aquele dos artistas, o projeto Luz das Estrelas. Estamos trabalhando de acordo com aquilo que eu acho que a populaçao precisa porque as pessoas que nao tiveram a mesma sorte que outras vao poder contar com uma ajuda, vao poder aprender alguma coisa. Na verdade, para mim todos os projetos sao importantes porque trazem resultados importantes para a populaçao e positivos para o município.
DIARIO - E sobre as enchentes que destruíram as dependências da Câmara?
TAVARES - Quando assumi como presidente, há dois anos, era uma preocupaçao minha querer mudar, buscar soluçoes para a questao das enchentes mas, infelizmente, sofremos duas enchentes pesadas durante o nosso mandato. Quando eu disse que gostaria de construir uma nova Câmara para que pudéssemos estar tranqüilos, me criticaram. Mas sempre quando vejo que vai chover, estou mais preocupado com a Câmara do que com qualquer outra coisa. Em janeiro deste ano tivemos uma perda muito grande e eu acho que os gastos que sempre temos nessas oportunidades sao um dinheiro da sociedade que devemos cuidar melhor. O prejuízo que tivemos naquela oportunidade ultrapassou a casa de R$ 1 milhao. Depois, tivemos essa outra enchente depois das eleiçoes, no dia 10 de outubro. Mas já tínhamos criado um sistema e suspendemos um pouco todos os equipamentos. O fato é que cada enchente que traz esse tipo de problema acaba trazendo um transtorno e também traz um prejuízo financeiro. Temos de buscar alternativas. Acho que aquele que for o próximo presidente deve buscar isso.
DIARIO - O sr. diria, entao, que as enchentes foram a maior dificuldade?
TAVARES - Sim. A maior dificuldade foi a enchente que sofremos no começo do ano, em janeiro. Mas conseguimos resolver os problemas sem nenhum prejuízo ao andamento dos trabalhos da Câmara, em um prazo muito curto.
DIARIO - E sobre a saída do vereador petista Melao Monteiro, que nao se candidatou à reeleiçao. O sr. vai sentir falta da pedra no sapato?
TAVARES - Nao sinto o Melao como uma pedra no sapato. Toda situaçao, às vezes, perde o fio da meada e acho o Melao um menino inteligente, que mostrou que realmente veio para ficar quatro anos como vereador, fez um trabalho de acordo com a filosofia do PT. É uma pessoas que ajudou muito a gente até nas conduçoes dos trabalhos da Casa.
DIARIO - Com relaçao a nova Lei de Responsabilidade Fiscal, quais as dificuldades que a Câmara deve enfrentar?
TAVARES - Nao entendo a Lei de Responsabilidade Fiscal até hoje. Deveriam pensar que a Câmara recebe um x que é até 5% do Orçamento mas nao gastamos nem a metade disso. Eles têm de entender que o dinheiro que Câmara recebe é gasto praticamente com a folha de pagamento. Mas a Câmara de Sao Bernardo nao terá problema com isso.
DIARIO - O seu nome é o mais cotado para ser o próximo presidente da Câmara. O que o sr. acha disso?
TAVARES - Para mim é uma questao de orgulho. A gente sabe que todo vereador, a partir do momento em que assume a Presidência, passa a ter algumas dificuldades ao final de seu mandato e acaba trazendo um desgaste. Mas, pela forma carinhosa e humilde que a gente trata as pessoas, conseguimos conduzir a Câmara de forma positiva, tanto que hoje o resultado é esse apoio: ao final de dois anos, podendo voltar como candidato a presidência. Agradeço e fico muito feliz em saber.
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