A distribuição de água e coleta e tratamento de esgoto avançaram pouco na região. É o que aponta o ranking do saneamento do Instituto Trata Brasil. Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá perderam posições entre as 81 cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes.

Santo André foi a que mais caiu. Na última pesquisa, com dados de 2008, a cidade ocupava a oitava posição. No estudo divulgado anteontem, com base no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, ano base 2009, o município ocupa a 18ª posição.

Mauá caiu três pontos na lista e está na 46ª posição, a pior na região. Diadema caiu duas, passando do 31º lugar para o 33º. Já São Bernardo caiu uma e ocupa hoje a 45ª posição no ranking.

Para o presidente do Trata Brasil, Édison Carlos, a região avança lentamente porque investe pouco em tratamento de esgoto. "Os índices de fornecimento de água estão acima de 90%, e a coleta do esgoto ultrapassa os 70%. O problema é o que se faz com esse esgoto depois: é despejado nos rios sem tratamento."

Segundo os dados da pesquisa, Santo André trata 32% do esgoto, São Bernardo, 18%, Diadema, 12% e Mauá, 1%. "Em 2008, Diadema não tratava nada e conseguiu avançar. Mas ainda falta muito para municípios que estão localizados em regiões metropolitana", avaliou Carlos. 

PERDAS
As perdas de água é outro agravante que derruba posições no ranking. Conforme o levantamento, São Bernardo perde 53% da água tratada, Diadema, 48%, Mauá, 40% e Santo André, 29%. "É preciso investir na renovação das redes, pois tubulações antigas favorecem vazamentos", explicou o presidente do instituto.

As melhores cidades brasileiras no ranking, nessa ordem, foram: Santos (SP), Uberlândia (MG), Franca (SP), Jundiaí (SP), Curitiba (PR), Ribeirão Preto (SP), Maringá (PR), Sorocaba (SP), Niterói (RJ) e Londrina (PR).