Economia Titulo
Estivadores voltam ao trabalho nesta terça
Do Diário OnLine
Com Agências
08/04/2001 | 20:15
Compartilhar notícia


Os estivadores do Porto de Santos retornarão ao trabalho nesta terça-feira, depois de uma greve iniciada no dia 27 de março. A paralisação foi um protesto à sentença judicial notificando que a metodologia de escolha dos funcionários mudaria e o Órgão Gestor de Mão-de-Obra (Ogmo) faria as escalas de trabalho, tarefa até então realizada pelo sindicato da categoria.

Com a volta dos funcionários, o Ogmo passará a fazer escalas por ordem numérica. Para o presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos, Vanderlei José da Silva, esse tipo de divisão é simples, porque, para fazê-la, “basta saber contar”. O mais difícil, na opinião do presidente, é saber colocar o funcionário certo na função certa. Ele cita o método adotado por seu sindicato como o mais moderno do mundo, exportado para os Estados Unidos e Europa.

Vanderlei viajará nesta segunda-feira para Brasília com o prefeito de Santos, Beto Mansur, para discutir com o ministro da Justiça, José Gregori, e da Casa Civil, Pedro Parente, a adoção de um Plano de Desligamento Voluntário para os funcionários que já podem se aposentar. A verba necessária para essa implementação deve ficar em R$ 80 milhões.

Já na sexta-feira passada, o fracasso da última tentativa de negociação com o Ogmo ficou evidente quando o órgão cancelou a reunião que aconteceria com os estivadores e divulgou para a imprensa sua posição em relação ao movimento. A categoria admitiu, no sábado, que a situação estava difícil, já que precisaria pagar a multa diária de R$ 200 mil por descumprimento de decisão judicial.

Outra complicação enfrentada pelos funcionários, segundo Vanderlei, era a “facilidade com que as liminares para os operadores portuários estavam saindo”. Estes princípios de processos dão permissão para que os navios sejam operados sem o trabalho dos estivadores e por causa deles o porto de Santos pôde continuar a movimentação de cargas em conteineres ou granéis sólidos durante a paralisação.

Privatização – “Antes da privatização, a operação de um contêiner no Porto de Santos custava cerca de R$ 500; hoje está em torno de R$ 250 e a nossa meta é que esse valor baixe ainda mais.” A promessa é do diretor presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Fernando Barbosa Lima Vianna. Ele aposta no êxito do Projeto Santos 2000, que tem por objetivo preparar o porto para um aumento substancial no fluxo de cargas, passando dos atuais 42,6 milhões para 50 milhões de toneladas por ano. Para tanto, a Codesp já privatizou cerca de 60% de uma área de 7,7 milhões de metros quadrados.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;