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CPI propoe medidas para acabar com o Polígono da Maconha
Do Diário do Grande ABC
16/08/2000 | 19:47
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Os integrantes da CPI da Violência de Pernambuco se reuniram nesta quarta pela manha com o objetivo de avaliar os trabalhos já realizados e apresentar uma série de sugestoes para reduzir a produçao clandestina do chamado Polígono da Maconha. Além dos deputados, participaram policiais civis, militares e federais, que consideram o encontro positivo.

A falta de condiçoes de trabalho do aparelho policial foi o ponto apontado como principal causa de impunidade, além dos problemas financeiros dos pequenos produtores. "Sem condiçoes financeiras, o agricultor fica na mao dos traficantes", resumiu o presidente da CPI, Pedro Eurico (PSB)

Ele explicou que em todas as cidades onde ocorreram audiências, a CPI se reuniu com juízes, promotores, delegados e oficiais da PM para analisar as condiçoes de trabalho e os maiores problemas. "Todos foram unânimes em apontar a falta de pessoal e equipamentos como o principal", contou o deputado e ex-secretário da Segurança Pública, Antônio Moraes (PSDB), que cobrou o cumprimento das promessas feitas pelo governo federal ao final da Operaçao Mandacaru, no ano passado.

Segundo o deputado, a polícia precisa de helicópteros, barcos e armamentos. Moraes disse nao entender como um caminhao cheio de maconha chega ao Rio ou Sao Paulo, passando por dezenas de postos de fiscalizaçao.

Para dar condiçoes aos pequenos agricultores, foram discutidos pontos como aceleraçao dos processos de desapropriaçao das propriedades flagradas com plantios de maconha; financiamento para as produçoes de alimentos e garantia de preços mínimos.

O deputado Sérgio Leite (PT) lembrou que a lucratividade dos plantios de maconha é três vezes maior que a produçao de milho, cebola ou feijao. A recuperaçao das estradas para possibilitar o escoamento da produçao também foi considerada essencial.




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