O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, pediu nesta segunda-feira à China uma solução pacífica da crise no Tibete, que provocou muitos protestos no mundo e promete mais um dia de manifestações, na passagem da tocha por Paris. Rogge fez o apelo em Pequim (China) depois das manifestações pró-Tibete e a favor dos direitos humanos durante todo o percurso da tocha no domingo por Londres.

"Pedimos uma resolução rápida e pacífica da crise no Tibete, que desencadeou uma onda protestos no mundo", declarou Jacques Rogge, que participa em Pequim de uma reunião de três dias com dirigentes do Comitê Olímpico Chinês.

Após a tumultada etapa londrina, onde a polícia enfrentou manifestantes e prendeu 37 pessoas, a tocha faz nesta segunda-feira sua passagem pela França.

A embaixada da China em Paris anunciou uma grande festa, mas a ONG Repórteres Sem Fronteiras - que protestou durante a cerimônia de acendimento da chama na Grécia - prometeu uma nova ação "simbólica e espetacular" na capital francesa. Ativistas pró-tibetanos também anunciaram um dia de protestos, mas não diretamente no percurso da tocha.

O prefeito de Paris, o socialista Bertrand Delanoe, anunciou que exibirá uma faixa em defesa dos direitos humanos na fachada da prefeitura.

A polícia francesa planejou um forte esquema de segurança nos 28 quilômetros de revezamento da tocha, da Torre Eiffel a um estádio na zona sul da cidade.

A tocha chegou a França depois do presidente Nicolas Sarkozy ter intensificado a pressão sobre a China, sem descartar um boicote à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos em 8 de agosto.

Pequim enfrenta as críticas internacionais em conseqüência da repressão aos protestos de março no Tibete.

Depois de Paris, a tocha seguirá para as Américas, onde passará por São Francisco (EUA) na quarta-feira e por Buenos Aires (Argentina) na sexta-feira.