Humberto Pinto chegou a receber voz de prisao, na Divisao de Fiscalizaçao de Armas e Entorpecentes (Defae), quando entregou o documento da Sociedade Amigos do Balao aos jornalistas. O delegado Fernando Oséas Vasconcelos, assim que soube o que estava acontecendo em sua delegacia, procurou o tenente-coronel e lhe deu voz de prisao.
O clima chegou a ficar tenso, mas Humberto Pinto acabou concordando em comparecer à 5º Delegacia de Polícia, solicitando, porém, a presença de um advogado e de outros oficiais da PM.
No depoimento, ele explicou à delegada Nilce Mentzingen Aguiar o que o manifesto da entidade quer dizer ao afirmar: ``Denunciamos a campanha de difamaçao do balao junino e seus artífices e qualificamos de segregaçao social a açao da mídia, utilizada para esse fim, que identifica os praticantes desta arte milenar como criminosos comuns, nocivos à sociedade'.
O tenente-coronel explicou que a entidade procura orientar seus associados -- cerca de 30 mil, só no Rio de Janeiro - sobre os cuidados que devem existir na montagem de um balao. Mas ressaltou que nao tem como fiscalizar todos os baloeiros.
Ainda no manifesto, Humberto Pinto chega a lançar um desafio às autoridades: ``Apresentem sinistros, com provas, provocados por balao junino, cujos estragos sejam equivalentes a um milionésimo do desastre ecológico da flora e da fauna no Rio de Janeiro, causado pelo vazamento de óleo; dos danos ambientais, resultantes do desmatamento de florestas'.
Segundo a delegada, o policial reformado assinou um termo se comprometendo a comparecer em juízo, em data a ser definida, para conhecer a sentença. A pena por apologia ao crime varia de 15 dias a um mês.
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