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Consumidor pagará 20% a mais pelo quilo do peixe nesta Páscoa
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
20/04/2011 | 07:22
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A dois dias da Sexta-feira Santa, a movimentação nas peixarias e supermercados da região foi intensa, mesmo com os preços dos peixes inteiros até 20% maiores em relação ao ano passado.

Os apreciadores de salmão, que normalmente é mais caro, precisam preparar o bolso. Na Páscoa passada, o quilo do produto custava R$ 29, mas neste ano é vendido por R$ 34,90 em alguns estabelecimentos.

A explicação é que na reta da Quaresma, os preços tendem a subir, devido ao aumento no consumo de peixes. Por enquanto, as espécies mais vendidas são corvina, tainha, curimbatá e pintado, cujos preços estão entre R$ 9,99 e R$ 24,90.

Segundo o proprietário de uma peixaria na Vila Alzira, em Santo André, Anderson Jovedi, o valor médio dos reajustes foi de R$ 1. "O movimento está dentro do esperado nestes dias. Preocupa apenas ter um feriado quinta-feira (amanhã), pois o número de clientes diminui."

Para a gerente da peixaria localizada no sacolão da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), Fátima Ramos, o volume de vendas também é satisfatório. "Estamos preparados para crescer 15%."

A responsável pelo local aponta que o peixe mais procurado pelos consumidores é a corvina, comercializada a R$ 13,90 o quilo. Esta foi a escolha do aposentado Joaquim Pedro da Silva, que também levou para casa ontem à tarde um curimbatá.

Fátima detalha que já prevendo movimento maior neste ano, foram compradas novas câmaras de refrigeração. Em relação ao bacalhau, as vendas estão melhores neste ano. "Apostamos na comercialização da espécie mais cara nesta temporada, que é o gadus morhua, popularmente conhecido como bacalhau do Porto."

 

DICAS - Para tentar economizar alguns trocados na compra da ceia pascal é fundamental pesquisa preços entre as peixarias e supermercados. Além do valor, analise também se o estabelecimento está bem higienizado, o manuseio e o ambiente de manipulação do pescado, bem como dos instrumentos de trabalho do peixeiro.

A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo recomenda que o consumidor dê preferência sempre ao pescado fresco, pois possibilita que a qualidade seja verificada por meio do odor, da textura e da coloração.

 

Consumo do produto pelo brasileiro cresceu 40%

 

Segundo dados do Ministério da Pesca e Aquicultura, o Brasil teve aumento na produção e no consumo de pescado, nos últimos sete anos. Em 2003, produziu cerca de 990 mil toneladas de pescado.

Em 2009, a produção anual foi de 1.200 toneladas de pescado, resultando em aumento de 20% nesse período. Já o consumo de peixes cresceu 40% entre os anos de 2002 e 2009.

 De acordo com a ministra da Pesca, Ideli Salvatti, o País precisa e tem condições de aumentar a produção de pescado, por ter enorme diversidade de peixes, clima agradável e favorável, além de grande biodiversidade.

A China tem quase a metade da água doce que o País tem e, lá, a criação e produção é 60 vezes maior que a brasileira. "O Brasil tem todas as condições para se tornar o maior produtor de pescado do planeta, um quarto do que consumimos vem de fora," disse a ministra.

 

FEIRA -  Até amanhã, a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) realiza a Santa Feira do Peixe, no Pátio do Pescado, na Vila Leopoldina, na Capital. Entre os destaques da estão o quilo da pescada branca pequena, por R$ 5, o bacalhau do Porto a R$ 37,90 e o bacalhau desfiado a R$ 23,90. O atendimento será das 15h às 21h, com entrada pelo portão 13 da Avenida das Nações Unidas.

 

COMO ESCOLHER - O peixe deve ter as brânquias úmidas e brilhantes e cor entre o rosa e vermelho intenso. Ainda que seja fresco, sua exposição deve ser sempre em meio a camadas de gelo. Já o produto resfriado, além de conservado no gelo, deve ter a temperatura entre 0°C e -2°C (com ABr)




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