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Dirceu afirma que sua cassação é 'política' e que não é 'corrupto'
Do Diário OnLine
18/10/2005 | 17:11
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"Não sou corrupto, não sou conivente com a corrupção". Desta maneira, o deputado José Dirceu (PT-SP) fez nesta terça-feira uma rápida defesa do seu mandato após o relator do seu processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), ler seu parecer sobre o caso. O ex-ministro da Casa Civil do governo Luiz Inácio Lula da Silva é acusado, em ação movida pela Presidência do PTB, de envolvimento com o 'mensalão' – suposto esquema de compra de votos na Câmara comandado pelo PT.

José Dirceu voltou a afirmar que nada até o momento foi provado contra ele e que essa cassação é por razões políticas. "Mesmo para julgamento político há necessidade de provas. Sem isso é fuzilamento", disse. "Cassação só por razões políticas é o mesmo que cassação por cor, etnia ou por ideologia", completou o ex-braço direito de Lula.

Sobre seu envolvimento com o 'mensalão', motivo maior do seu processo de cassação, o deputado petista disse não ser responsável pelas ações que seu partido tomou no período que estava na Esplanada dos Ministérios. "Não fujo à minha responsabilidade política. Muitos fugiram. Mas não sou responsável pelos atos que a direção nacional ou dirigentes do PT tomaram", declarou.

A imprensa, mais uma vez, foi criticada por Dirceu. Para ele, jornais, revistas, rádios e redes de TV praticam um "linchamento político" da sua vida pública. No entanto, ele prometeu, independente da sua cassação ou não, se defender pelos próximos "10, 20 ou 30 anos" e provar sua inocência.




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