D+ Titulo Dia do Professor
É preciso gostar de ensinar

Jovens professores revelam paixão pela respeitada atividade

Caroline Ribeiro
Especial para o Diário
16/10/2016 | 07:10
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Desde 1947, o Brasil faz de 15 de outubro o Dia do Professor. Nesta mesma data, em 1827, Dom Pedro I assinou decreto imperial que dava início ao Ensino Elementar no País e o documento defendia a ideia de que todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem escolas de primeiras letras, além de destacar a importância das pessoas que lecionam. A celebração de ontem, que deu os primeiros passos ainda no século 19, continua a ser importante.

Hoje em dia, muitos jovens a partir de 16 anos já exercem a função de passar conhecimento e atuam como professores (ou orientadores). É comum que escolas de idiomas ou de informática contratem alunos com formação mais avançada para ensinar o que já dominam. Para algumas pessoas, acaba sendo a chance para o primeiro emprego. 

Se tornar professor pode ser um desafio, mas também muito gratificante. Há três anos, Giulia Doro, 19 anos, de Santo André, dá aulas de inglês em escolas temáticas ou por meio de aulas particulares. “É fato que professor em geral não ganha muito, então o verdadeiro incentivo é gostar de ensinar. Pelo menos é assim para mim e para os outros professores jovens que conheço”, conta. “Pouco tempo antes de começar na área já tinham sugerido que eu desse aula para crianças, mas jamais havia considerado esse caminho na vida. Me surpreendi com o quanto é apaixonante. Mesmo que minha carreira siga outros caminhos pretendo fazer o máximo para não perder o vínculo com essa prática.” 

Outra jovem que viu no ensino uma forma de ganhar uma grana, mas que acabou se apaixonando por esse universo, foi Mariana Fabris, 20. A andreense leciona informática e robótica para crianças de 5 a 9 anos em uma escola infantil particular da cidade. “As maiores dificuldades que encontrei foram nas entrevistas, onde as diretoras sentem um certo receio ou até uma falta de credibilidade por causa da minha idade. Mas sempre admirei o trabalho dos meus professores e, desde pequena, queria ser como eles.”

Como nenhuma das jovens teve graduação especializada para atuar na área, elas tentam se virar como podem. Sistemas pré-moldados ou técnicas pessoais ajudam no trabalho. “Desenvolvi uma didática baseada no que meus professores me passavam. Acredito que você ter sido um bom aluno te ajuda a ser um bom professor”, explica Mariana. “Para ensinar qualquer coisa que seja, vai muito mais do professor entender o aluno do que ao contrário. É preciso entender como ele aprende, conhecer suas limitações e, assim, conseguir acompanhar a evolução individual de cada um.” 




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