Nós não conseguimos respirar embaixo d’água porque nossos pulmões precisam fazer constante troca de gases para nos manter vivos. É necessário que o oxigênio entre no corpo e elimine o gás carbônico (resíduo do metabolismos). Caso os órgãos estejam cheios de água, essa troca gasosa não se torna possível, diferentemente de espécies que têm habilidade de retirar o oxigênio da água, como os peixes, por exemplo. Os humanos não possuem essa aptidão.

CAMINHO

Assim que inspiram os o ar (pelo nariz e pela boca), ele percorre um longo caminho: passa pela faringe, laringe, traqueia e brônquios – que se divide em dois tubos, bem curtos. São eles os condutores do ar até os pulmões (localizados um de cada lado e protegidos pelas costelas), fazendo com que o oxigênio chegue nos alvéolos (como se fossem bolsinhas cobertas por capilares sanguíneos), onde as trocas gasosas são feitas. Apesar de ocorrer muita coisa, todo o processo é bem rápido.

Quando entra no sangue, o oxigênio percorre todos os demais órgãos. A respiração é finalizada quando o gás carbônico é eliminado.

É importante lembrar que o oxigênio é o elemento responsável por fazer com que as células do corpo humano funcionem, sendo uma fonte de energia. Essas células formam os tecidos, que originam os órgãos e, dentro delas, estão as mitocôndrias, que fazem a chamada ‘respiração celular’. Caso esse processo não ocorra, não é possível nos mantermos vivos.  

Pergunta de Júlia do Nascimento Silva, 9 anos, de Santo André, adora nadar no mar. “Gostaria de conseguir respirar dentro da água, como se eu fosse uma sereia, dessas dos desenhos animados. Já pensou como seria?”, diz a garota, que sempre encontra tempo para observar os peixes no aquário. 

Consultoria do médico Elie Fiss, professor responsável pela disciplina de Pneumologia da Faculdade de Medicina do ABC.