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Aliança do Norte diz controlar metade do Afeganistão
Do Diário OnLine
Com Agências
11/11/2001 | 20:55
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A Aliança do Norte afirmou neste domingo que já domina metade do território do Afeganistão. O ministro das Relações Exteriores da oposição armada ao governo, Abdullah Abdullah, disse que o Talibã "perdeu a maior parte de sua força de combate" e sofreu uma "derrota dramática". Praticamente toda a região Norte afegã está nas mãos da Aliança. As tropas seguem agora para o Sul do país e um ataque à capital, Kabul, mostra-se iminente – apesar de os americanos não quererem a invasão da capital pela oposição.

O Talibã reconheceu neste domingo uma "retirada estratégica" das províncias de Samangan, Sar-i-Pul e Jauzjan. A Aliança, por sua vez, diz ter ganho neste domingo Taloquan, a capital da província de Tahar (Noroeste) e Qala-i-Nau, capital provincial de Badghis (também no Noroeste). Herat será a próxima província a ser dominada pela Aliança, segundo um porta-voz do general Ismail Khan.

Poucos dias atrás, a Aliança do Norte dominava pouco mais de 10% do Afeganistão. O avanço da oposição armada ganhou mais força principalmente a partir de sexta-feira, quando foi conquistada a estratégica Mazar-i-Sharif. A Aliança diz controlar 100% da cidade, mas o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, afirma que ainda há focos de resistência do governo na cidade. A agência oficial de notícias do Talibã, a Afghan Islamic Press (AIP, estabelecida no Paquistão), diz que há aproximadamente 200 soldados do regime na resistência em Mazar-i-Sharif.

Abdullah não descarta que as tropas aliadas posicionadas no norte de Kabul entrem na capital nos próximos dias. Mas ele afirma que a Aliança deverá consultar os Estados Unidos antes de acabar. "Nós temos que consultar nossos parceiros afegãos e internacionais, principalmente os EUA", disse Abdullah. Ashraf Nadeem, um porta-voz da Aliança do Norte, disse que um ataque pode ser lançado contra a cidade "a qualquer momento".

O presidente dos EUA, George W. Bush, pediu para que a Aliança não entre em Kabul. Washington diz temer que os oposicionistas promovam vinganças pessoais contra inimigos talibãs e acabem fazendo um verdadeiro banho de sangue na capital.




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