O livro, de 850 páginas, vendido a 60 euros, aborda 78 argumentos, entre eles o comportamento correto nas relações sexuais, o divórcio, o aborto, a eutanásia, as uniões livres e os homossexuais.

"A abstinência ou as relações sexuais dentro do matrimônio, assim como a fidelidade, são a única estratégia eficaz contra a aids", escreveram os autores.

O texto recorda que a Igreja é contrária ao uso do preservativo como meio para reduzir os riscos de contágio da aids e indica que os "homossexuais não têm direitos, já que a homossexualidade não tem valor social".

O dicionário foi preparado por um grupo de 70 especialistas, entre eles vários cardeais, bispos e teólogos. A análise sobre a família e sexualidade do dicionário foi elaborada tanto à luz das mudanças sociais como dos novos conceitos sobre o tema, segundo o cardeal colombiano Alfonso López Trujillo, presidente da Congregação Pontifícia para a Família.

López Trujillo justificou a necessidade de elaborar o documento por causa das mudanças dentro das famílias, como o aumento de nascimentos fora do casamento.

Segundo analistas, a Igreja tenta reduzir a distância que a separa de seus fiéis no que se refere ao sexo, um fato que causa preocupação entre as autoridades da Santa Sé, empenhadas em traçar o perfil da Igreja no novo milênio.