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Aliados de Oswaldo demonstram desgaste
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
30/09/2009 | 07:36
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O descontentamento da base de sustentação com o prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), tem ficado evidente nas últimas sessões. Depois de sucessivos desentendimentos internos, ontem parte da ala governista votou favorável ao adiamento por três sessões de projeto do Executivo que entraria em regime de urgência na Ordem do Dia.

Apesar do clima tenso e da decisão da bancada em postergar a votação, o projeto do prefeito não trazia polêmicas e tramitou normalmente nas comissões da Casa. "O projeto responde a uma indicação minha. Trata apenas da possível regulamentação de imóveis com área menor do que 125 metros quadrados. É um projeto de interesse social", ressaltou Marcelo Oliveira (PT), segundo o qual a proposta do prefeito chegou à Câmara há, pelo menos, dois meses.

O pedido de adiamento foi feito pelo vereador Ivann Gomes Batoré (PP), que alegou precisar de mais tempo para avaliar a proposta. O líder de governo, Rômulo Fernandes (PT), tentou reverter a situação, mas foi voto vencido. Batoré, Roberto Rivelino, o professor Betinho (PSDC), Cincinato Loureço Freire (PSDC), Altino Moreira, o Pastor Altino (PRP) e Admar José da Silva, o Edmar da Reciclagem (PSDB), foram favoráveis ao adiamento. Os quatro vereadores de oposição reforçaram o coro.

Apesar de votar contrário ao adiamento, o vereador Edgar Grecco (PDT) discursou como porta-voz dos partidos de sustentação. "Peço para que alimentemos o debate democrático, porque a bancada de sustentação tem de ter peso e voz."

Durante as discussões em plenário, o vice-presidente da Câmara, Luiz Alfredo dos Santos Simão (PSB), chegou a trocar farpas com Rômulo. "Não dá para trabalhar assim. Eles combinam uma coisa na reunião e depois voltam atrás", reclamou após o rápido bate-boca.

Mesmo com os aparentes sinais de desgaste, petistas negaram problemas. "O projeto não foi rejeitado. É justo eles pedirem mais tempo para deliberar", justificou Rômulo.

Os vereadores endossaram o discurso de harmonia. "Não havia necessidade de afogadilho. Vamos analisar se é necessária a inclusão de emendas e votar o projeto nas próximas semanas", disse Betinho.

Essa não foi a primeira vez que a bancada demonstrou rusgas com o governo. Há menos de duas semanas, Simão reclamou de Oswaldo na tribuna. A articulação do secretário de Governo, José Luiz Cassimiro, também já foi posta em xeque pelos vereadores.




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