Também foram apreendidas uma escopeta calibre 12, três espoletas com um dispositivo para acionar minas terrestres, uma granada, munição, um carregador de fuzil 556 com dois cartuchos, um carregador, seis cartuchos para metralhadora calibre P50 e 26 cartuchos para fuzis calibre 762, além de uma pistola calibre 380.

"Desde o início da ocupação temos apreendido armas pesadas. A cada hora aparece uma arma diferente", disse o coronel Jorge Braga, comandante do batalhão local.

Policiais militares que participam da ocupação na Rocinha faziam o patrulhamento de uma localidade conhecida como rua do Valão e desconfiaram de três homens que estavam em um beco. Ao se deparar com os policiais, os bandidos fugiram, deixando para trás o armamento.

A ocorrência foi registrada na 15ª DP (Delegacia Policial) da Gávea, na Zona Sul do Rio.

Mais apreensões - Já no Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, policiais civis apreenderam um morteiro de lança-rojão, utilizado em instruções militares.

Cerca de cem policiais civis das delegacias especializadas cercaram na noite desta terça o complexo de favelas do Jacarezinho. Houve troca de tiros e a polícia usou um helicóptero. Pela manhã, os policiais fizeram uma varredura e utilizaram uma operação para recuperar carros roubados para checar informações de que o traficante Eduíno Eustáquio Araújo Filho, o Dudu, estaria escondido na favela. No entanto, eles ainda não conseguiram encontrar o traficante que provocou a guerra na Rocinha há pouco mais de um mês.

"Dudu é a prioridade número 1 da polícia e onde fizermos incursões vamos procurá-lo", disse o delegado Alan Turnowski, coordenador das delegacias especializadas. Apesar da mobilizar um número grande de policiais, o delegado disse que a operação desta terça foi motivada pelo aumento do roubo de carros na área na última semana e pretendia impedir a formação de bondes de assaltantes. Sete carros e duas motocicletas roubadas foram recuperadas.

Um homem e um menor foram detidos com drogas e munição, mas um morteiro de lança-rojão encontrado num ferro-velho chamou a atenção dos policiais. De acordo com o delegado Rodrigo Oliveira, titular da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes), a coloração azul do artefato indica que ele é inerte, utilizado apenas para treinamentos militares.