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Pode escrever como fala?

Nós podemos utilizar a linguagem escrita e falada de
duas formas: a culta (formal) e a coloquial (informal)

Juliana Ravelli
do Diário do Grande ABC
06/11/2011 | 07:02
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Já reparou que uma letra pode ter som de outra em algumas situações? Qualquer língua é escrita de modo diferente de como é falada; não é exclusividade do português. Assim, não é possível escrever as palavras exatamente como as pronunciamos.

Além disso, podemos usar a linguagem escrita e falada de duas formas: a culta (formal) e a coloquial (informal). Vai depender da ocasião. "Quando a gente está com os amigos, pode ser bem informal. Com uma pessoa que a gente não conhece ou em uma entrevista de emprego tem de falar e escrever direitinho", diz Pedro Henrique Napolitano Papai, 10 anos, do Colégio Arbos, em Santo André.

A língua culta é usada em documentos, jornais, revistas, noticiários da TV e no trabalho dos adultos. Por isso, quem não a conhece fica desinformado. "Tem hora para tudo: estudar, jogar bola, aprender a escrever e falar certo", acredita Leonardo Silva Pelaquim, 10.

BAGUNÇA GERAL - Imagine a confusão se cada um inventasse a própria maneira de falar e escrever. "Às vezes, pode usar um pouco de gíria, mas se exagerar não vai dar para entender", afirma Beatriz Braga Orsolon, 11. É por isso que existe a gramática, conjunto de regras que determinam o uso correto da língua culta. Não significa, porém, que o modo descontraído de falar com a família e amigos esteja errado.

A escola é o lugar em que aprendemos as normas. E não dá para querer conhecê-las somente ao tornar-se adulto. Tem de ser aos poucos; isso faz parte do nosso desenvolvimento. Ninguém precisa achar também que tem de decorar as normas gramaticais. Após conhecê-las nas aulas, é preciso fazer com que sejam usadas no dia a dia. A tarefa exige um pouquinho de esforço, mas vale a pena.

Lembre-se: quem conhece bem a língua culta de seu país tem facilidade para aprender qualquer coisa, seja outro idioma ou ciência.

Consultoria de Valéria Zelik, editora do Dicionário Aurélio da Positivo, e de Sheila Madeira, professora de Língua Portuguesa do Colégio Singular

 




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