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Sem-terra deixam fazenda Taba antes da chegada da PM
Do Diário do Grande ABC
25/06/1999 | 18:37
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As cerca de 600 famílias de sem-terra que ocupavam há dois meses a fazenda Taba, na ilha de Mosqueiro, distrito de Belém, deixaram a área. Quando a Polícia Militar do Pará chegou ao local nesta sexta-feira, com cerca de 450 homens, bombas de gás, escudos, caes e armas pesadas para o despejo, encontrou apenas 42 famílias, com muitas crianças, que já estavam se retirando.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) esvaziou a mobilizaçao policial retirando a maioria dos agricultores, que engrossaram a manifestaçao de outros 900 sem-terra que ocupam fazendas do município de Castanhal. Eles estao chegando a Belém, marchando pela rodovia BR-316 para, segundo o movimento, ficar na cidade por "tempo indeterminado". Os despejados da Taba e os lavradores de Castanhal ficarao acampados numa praça no bairro de Sao Braz.

O trabalho dos policiais militares foi vasculhar toda a área da fazenda Taba, de 900 hectares, para remover a madeira dos barracos derrubados pelos lavradores e vasculhar a mata para verificar se todos haviam deixado o local. O major Francisco Ferreira da Silva disse que cerca de 30 policiais ficarao na área para evitar "nova invasao".

Um dos líderes do MST na fazenda Bacuri,em Castanhal, Antonio Ferreira, disse que o movimento ainda está avaliando o despejo das famílias da Taba. "A gente só está esperando a marcha chegar ao centro de Belém para decidir o que fazer".




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