Quinto colocado no primeiro turno da eleição em Santo André e com seu pior desempenho eleitoral desde 2008, quando concorreu pela primeira vez à Prefeitura andreense, o advogado Raimundo Salles (PPS) reforçou que vai se aposentar das urnas. A projeção já havia sido feita pelo popular-socialista quando ele realizou convenção que homologou seu nome na corrida eleitoral.

“Não está no meu projeto ser candidato novamente. Minha ideia, por outro lado, é continuar na política. Presidindo o partido, como estou hoje, atuando, mas não mais eleitoralmente. Isso não está no meu pensamento. É fato consolidado nos próximos anos. Minha ideia é me dedicar à vida acadêmica e, principalmente, ao escritório de advocacia, além de contribuir como articulador político”, sentenciou Salles, que recebeu 17.676 votos no domingo, ficando atrás do ex-vereador Paulinho Serra (PSDB), do prefeito Carlos Grana (PT), do ex-prefeito Aidan Ravin (PSB) e do parlamentar Ailton Lima (SD).

Salles prometeu que hoje divulga seu posicionamento político no segundo turno. Ele assegurou que desentendimentos antigos com Paulinho (quando os dois estavam no antigo PFL, hoje DEM) ou com o PT (foi secretário de Cultura na primeira metade do governo Grana) não vão interferir em sua definição política.

“O que pesará na decisão são as pessoas, os projetos, e não os partidos. Tive problemas com o PT, mas não entra a questão de gosto ou não (do partido). Sou maduro suficiente para ver que a coisa mais importante é a cidade”, apontou.

Sobre o desempenho eleitoral abaixo do esperado – em 2008 ele obteve 70 mil e em 2012 alcançou 48 mil –, Salles preferiu ver partes positivas do pleito. “Elegi dois vereadores (Fábio Lopes e Rodolfo Donetti). Fiz campanha pequena, com poucos recursos. E, mesmo assim, fizemos duas vagas (na Câmara). Diante deste contexto, acho que foi bom. Na minha análise, houve desidratação, tanto minha quanto do Aidan, em favor do Paulinho.”