``O encontro terminou em impasse, nao conseguimos um acordo', declarou à imprensa Yasser Abed Rabbo, chefe da delegaçao palestina para as negociaçoes sobre o estatuto final dos territórios palestinos.
O ministro israelense das Relaçoes Exteriores, David Levy, culpou os palestinos pelo fracasso por nao terem aceitado o mapa da próxima retirada israelense da Cisjordânia.
O ministro acrescentou, em entrevista à imprensa, que o prazo de 13 de fevereiro para a finalizaçao de um acordo básico para a regulamentaçao da paz nao é considerado ``sagrado' por Israel e os palestinos.
``Há divergências sobre a retirada de 6,1% do território da Cisjordânia, os palestinos querem ser consultados sobre isto, o que nao bate com todos os acordos concluídos', declarou Levy, depois do encontro entre Barak e Arafat.
``Nao há crise, nem tampouco a paralisaçao das negociaçoes pela paz'. ``Nao consideramos o dia 13 de fevereiro uma data ``sagrada', assim como os palestinos', insistiu Levy. ``O prazo foi fixado para que nao ficássemos num beco sem saída. O problema será resolvido', prosseguiu.
A reuniao de cúpula entre Arafat e Barak tinha por objetivo acelerar as negociaçoes sobre o estatuto final da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.
O acordo básico está relacionado a questoes como o estatuto de Jerusalém, o futuro da colônias judaicas e o dos refugiados palestinos, as fronteiras da futura entidade palestina e a distribuiçao da água.
Apesar da tentativa de acelerar as negociaçoes, as duas partes nao ocultaram o pessimismo sobre as possibilidades de que seja respeitado o calendário.
Antes do encontro, um ministro israelense assegurou que Barak queria reduzir as divergências com os palestinos voltando-se para a organizaçao de uma conferência em Camp David, Estados Unidos, onde seria elaborado um acordo básico. No local foi firmado o acordo de paz entre Israel e Egito.
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