A família do garoto Osvaldo Borges Júnior, mais conhecido como Pedrinho, ganhou uma garrafa de champanhe para comemorar o reencontro, ocorrido neste final de semana. O adolescente, seqüestrado em uma maternidade de Brasília há 16 anos, chegou no sábado à casa dos pais biológicos e retornou neste domingo a Goiânia, onde ele reside com sua família adotiva.

A principal suspeita pelo seqüestro de Pedrinho é Vilma Martins, justamente a mãe adotiva. Na sexta-feira passada, o juiz 8ª Vara Criminal do Distrito Federal, César Loyola, acolheu as denúncias de seqüestro e registro falso oferecidas pelo Ministério Público contra Vilma. A acusada afirma que o bebê foi dado a seu marido, Osvaldo Borges (falecido em outubro), por um gari. No entanto, a família de Borges afirma que ele morreu sem saber que Pedrinho não era seu filho legítimo e acusa Vilma de ter simulado a gravidez.

O champanhe foi oferecido a Jairo Tapajós e Maria Auxiliadora Braule Pinto pelo advogado e ex-deputado federal Hermes Zaneti, autor da lei que concede direito de voto a partir dos 16 anos. Acompanhado da esposa, Isabel, Zaneti afirmou que a bebida é para que "eles possam comemorar a volta do filho".

Trégua - Pedrinho foi levado à casa de seus pais biológicos por Batista Pinheiro, que se identificou como jornalista da TV Goiânia e apresentador do programa Chumbo Grosso. Ele afirmou que o garoto está muito preocupado com o estado de saúde de Vilma Martins. "Pedrinho veio pedir trégua à imprensa", declarou.

Jairo Tapajós pediu neste final de semana para que os jornalistas reduzam o assédio à família, para não intimidar o garoto. No final da tarde de sábado, Tapajós contou à imprensa que eles "conversaram muito", mas não tocaram na situação de situação de Vilma Martins.

Com informações da Agência Brasil.