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42 anos depois, Chevrolet Brasil volta a ser destaque
Da Hp Press
03/08/2004 | 21:07
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Os apaixonados por carros antigos sabem que esses veículos vão além de latarias usadas e sem serventia. Eles representam status e glamour. Além disso, criam novas amizades, segundo o proprietário da picape Chevrolet Brasil 1962, Marcos Paulo Batistini (foto acima), 24 anos, morador do bairro Batistini, em São Bernardo.

E o batistini que se repete no bairro e no nome de Marcos Paulo não é coincidência. "Meus bisavós foram os fundadores deste local. Somos uma família tradicional da cidade", revela. No entanto, o administrador esclarece que não é reconhecido apenas por sua descendência. O fato que o torna um ponto de referência é sua Chevrolet Brasil. "No trabalho e no meu bairro todo mundo me conhece como ‘o rapaz do carro antigo’."

A paixão de Marcos Paulo por hot-roads começou na infância. Ele e os amigos costumavam andar de Dodge nos fins de semana. Foi aí que o interesse por carros antigos aumentou a ponto de sonhar em adquirir seu próprio clássico. "Comecei a procurar na internet e encontrei exatamente o que queria", disse Batistini. A picape escolhida pelo administrador tem uma peculiaridade: o Chevrolet Brasil foi um dos únicos modelos da montadora que recebeu a permissão para alterar o logotipo da empresa, incluindo o mapa do País em seu símbolo.

A nova aquisição trouxe, na época, uma certa repulsa da família. "Meus pais diziam que eu era louco em gastar R$ 8 mil numa lata velha. Mas, hoje, depois de restaurado, todos têm muito carinho pelo carro. Meu irmão chora toda vez que falo em vendê-lo", ressaltou.

E os gastos do novo proprietário não pararam mais. Depois de quase dois anos de trabalho, o investimento ficou em, aproximadamente, R$ 3,5 mil. "O carro estava com a pintura danificada, assim como a maioria de seus componentes. Muitas peças foram difíceis de comprar por não existirem mais. Apesar de querer uma réplica do modelo original, tive de fazer algumas adaptações." Uma das principais modificações foi na caçamba, pois não encontrou esta peça original. "Eu consegui os pára-lamas da frente dela e os inverti, colocando-os na traseira. Ficou um step side, um outro modelo", afirmou Batistini.

Mas o verdadeiro orgulho do administrador está na pintura do carro. "Troquei os alumínios da fórmula, que eram mais finos, e coloquei mais grossos. Depois, fui numa loja de tintas e mandei fazer uma cor especial. Escolhi um dourado que brilha com a incidência da luz. Ficou linda. Quando transito nas ruas pela manhã, não tem quem não olhe", conta, com satisfação.

Mas, apesar de todo o sacrifício feito para remodelar este carro a seu estilo, Marcos Paulo pretende vendê-lo para fazer uma nova aquisição. "Não gosto de ficar muito tempo com um carro. Geralmente não fico mais do que seis meses. A minha próxima compra vai ser uma caminhonete Marta Rocha. Já tenho uma em vista, e o carro está totalmente detonado. Assim como a Brasil", disse.




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